06 maio 2021

Potências e raízes

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Sequência didática

Potências e raízes

Nesta sequência didática serão trabalhados os conceitos de potências e raízes, bem como relações entre elas. Espera-se que os alunos tenham a oportunidade de refletir, dialogar, construir e compartilhar suas ideias a partir das atividades propostas.

A BNCC na sala de aula

Objetos de conhecimento

Notação científica.

Potenciação e radiciação.

Competências específicas

3. Compreender as relações entre conceitos e procedimentos dos diferentes campos da Matemática (Aritmética, Álgebra, Geometria, Estatística e Probabilidade) e de outras áreas do conhecimento, sentindo segurança quanto à própria capacidade de construir e aplicar conhecimentos matemáticos, desenvolvendo a autoestima e a perseverança na busca de soluções.

5. Utilizar processos e ferramentas matemáticas, inclusive tecnologias digitais disponíveis, para modelar e resolver problemas cotidianos, sociais e de outras áreas de conhecimento, validando estratégias e resultados.

6. Enfrentar situações-problema em múltiplos contextos, incluindo-se situações imaginadas, não diretamente relacionadas com o aspecto prático-utilitário, expressar suas respostas e sintetizar conclusões, utilizando diferentes registros e linguagens (gráficos, tabelas, esquemas, além de texto escrito na língua materna e outras linguagens para descrever algoritmos, como fluxogramas, e dados).

Habilidades

(EF08MA01) Efetuar cálculos com potências de expoentes inteiros e aplicar esse conhecimento na representação de números em notação científica.

(EF08MA02) Resolver e elaborar problemas usando a relação entre potenciação e radiciação, para representar uma raiz como potência de expoente fracionário.

Objetivo de aprendizagem

Compreender a potenciação e a radiciação como operações inversas.

Conteúdos

Potências.

Raízes.


Materiais e recursos

Folhas de papel sulfite.

Calculadora.

Planilha eletrônica.

Desenvolvimento

Quantidade de aulas: 4.

Aula 1

Para iniciar a aula, propor aos alunos a leitura de algum texto ou notícia na qual apareçam números com muitos algarismos para expressar uma quantidade muito grande ou muito pequena, a fim de iniciar um estudo envolvendo potências. A seguir, há algumas sugestões de textos para essa leitura.

BBC NEWS. A ambiciosa e bilionária missão da Nasa que pretende 'tocar' o Sol. Disponível em: <www.bbc.com/portuguese/geral-41420435>. Acesso em: 9 nov. 2018.

Brasileiros desenvolvem curativo à base de abacaxi que facilita cicatrização. G1. Disponível em: <https://g1.globo.com/olha-que-legal/noticia/brasileiros-desenvolvem-curativo-a-base-de-abacaxi-que-facilita-cicatrizacao.ghtml>. Acesso em: 9 nov. 2018.

MATTOS, E. C. A. de. Fotossíntese, o milagre que acontece nas folhas verdesJundiaí Agora. Disponível em: <http://jundiagora.com.br/milagre-fotossintese>. Acesso em: 9 nov. 2018.

Reproduzir e distribuir uma cópia do texto, para cada aluno, podendo ser textos diferentes. Em seguida, solicitar que destaquem os números que aparecem no texto selecionado e escrevam-no por extenso em uma folha de papel sulfite. Depois, perguntar quais números eles destacaram. Solicitar que alguns alunos escrevam esses números na lousa utilizando apenas algarismos. Em seguida, dizer que podemos escrever esses números utilizando notação científica.

É importante destacar que na notação científica um número é representado como a multiplicação entre uma potência de base 10 e um número maior ou igual a 1 e menor que 10.

Apresentar alguns exemplos de expressões numéricas envolvendo números escritos em notação científica, a fim de que os alunos percebam que, utilizando as propriedades operatórias de potências, os cálculos podem ser realizados de maneira simplificada.

Aulas 2 e 3

Iniciar a aula organizando os alunos em pequenos grupos e perguntar o que eles conhecem ou lembram de ter estudado a respeito de potências e raízes. Conduzir uma conversa de modo que eles relembrem esses conceitos, anotando na lousa todas as ideias relacionadas à potencias e raízes que eles apresentarem.

Depois dessa conversa inicial, propor algumas atividades como as sugeridas a seguir.

1. Uma árvore possui 3 galhos, em cada galho há 3 ninhos de passarinho e em cada ninho há 3 passarinhos. Quantos passarinhos há nessa árvore?

27 passarinhos.

2. Com uma certa lata de tinta é possível pintar um lado de uma parede quadrada de 169 m². Qual é a altura, em metros, dessa parede?

13 m.

Durante as resoluções, circular pela sala de aula para auxiliar os alunos em suas possíveis dúvidas. Verificar se eles perceberam que, para obter a medida do lado de um quadrado (formato da parede), podemos calcular a raiz quadrada do valor numérico da área desse quadrado. Explicar que, com raciocínio análogo, podemos obter a medida da aresta de um cubo calculando raiz cúbica do valor numérico de seu volume.

Em seguida, realizar os seguintes questionamentos.

Qual é a área de um quadrado de 3 cm de lado?

E qual é a medida do lado de um quadrado cuja área é igual a 144 cm²?

Qual é o volume de um cubo de aresta medindo 2 cm?

E qual é a medida da aresta de um cubo com 27 cm³?

Explicar que os cálculos de raízes podem ser realizados por meio de fatoração com números primos. Por exemplo, para calcular 144 podemos fatorar o radicando:

144

2

72

2

36

2

18

2

9

3

3

3

1

Assim, temos que 144=22223. Logo:

144=22223²=222232=223=12

Em seguida, propor aos alunos que calculem as seguintes raízes:

a) 1024

32

b) 441

21

c) 1764

42

Para abordar potências com expoente negativo, solicitar aos alunos que reproduzam o quadro a seguir em uma folha de papel sulfite e preencham a segunda coluna com os resultados das potências correspondentes.

53

125

5²

25

5¹

5

50

1

51

15

52

125

53

1125

Verificar se eles percebem alguma regularidade entre os resultados obtidos.

Para finalizar a aula, explicar aos alunos que uma potência cujo expoente é um número negativo e a base, diferente de zero, tem como resultado o inverso da base elevado ao oposto do expoente.

Aula 4

Agendar com antecedência para que estas aulas sejam realizadas no laboratório de informática da escola.

Iniciar a aula relembrando e conversando com os alunos sobre as operações inversas da adição e da multiplicação. Questionar qual seria a operação inversa da potenciação.

Com os alunos organizados em duplas, propor que elaborem um quadro, como o apresentado a seguir, em uma planilha eletrônica.

???

Elaborado pelo autor.

Explicar que na célula A2 eles devem digitar um número qualquer. Já nas células B2 e C2 eles devem utilizar uma fórmula para determinar, respectivamente, a raiz quadrada do número digitado e a potência correspondente a esse número elevado a 12. Se necessário, explicar como indicar uma potência de expoente fracionário utilizando os símbolos circunflexo, parênteses e barra de divisão, por exemplo, entre outros que são comumente utilizados em planilhas eletrônicas. As fórmulas a serem utilizadas dependem do software utilizado. Na planilha eletrônica Calc, por exemplo, pode ser digitado =RAIZ(A2) na célula B2 e =A2^(1/2) na célula C2.

Após organizarem o quadro, propor que insiram diferentes números (maiores do que 0) na célula A2 para verificar o que acontece com o valor nas células B2 e C2. Espera-se que percebam que esses valores sempre serão iguais entre si.

Conversar com eles sobre os resultados obtidos, a fim de que percebam que x e x12 são equivalentes.

Em seguida, perguntar como poderiam calcular raízes como x²3. Propor que elaborem um quadro parecido com o que elaboraram anteriormente. No entanto, os valores na segunda coluna devem ser referentes aos resultados de x²3 para alguns valores de x, obtidos com auxílio de uma calculadora, e os valores na terceira coluna devem ser referentes aos resultados de x23, obtidos por meio de fórmulas da planilha eletrônica. Observe, a seguir, um exemplo desse quadro.

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Elaborado pelo autor.

Verificar se os alunos perceberam que os valores na segunda coluna e os na terceira coluna correspondentes são aproximados entre si. Dizer que, em geral, uma raiz pode ser escrita como uma potência de expoente fracionário da seguinte maneira: sendo x um número real positivo, m e n números naturais tais que m > 0 e n > 1, temos que xmn=xmn.

Para finalizar a aula, propor que cada grupo elabore um texto descrevendo os conceitos estudados nas aulas desta sequência didática. Em seguida, solicitar que o troquem com outros grupos a fim de validar e complementar as informações dos textos produzidos.

Para trabalhar dúvidas

Caso algum aluno apresente dificuldade no cálculo de potências ou de raízes, bem como da utilização de suas propriedades operatórias ou da notação científica, procurar apresentar alguns exemplos simples. Outra possibilidade é propor algumas atividades complementares envolvendo os conceitos estudados para serem resolvidas em casa.

Verificar se os alunos conseguem utilizar adequadamente a planilha eletrônica e a calculadora. Caso seja necessário, orientá-los na utilização desses recursos.

Avaliação

Para verificar se os alunos compreenderam e assimilaram os conceitos explorados nas aulas propostas nesta sequência didática, propor algumas atividades, como as sugeridas a seguir.

1. Em cada item, escreva os números utilizados para expressar medidas ou quantidades mencionadas utilizando notação científica.

a) A velocidade da luz é de, aproximadamente, 300 000 000 m/s.

300000000=3108

b) Existem vírus cujo comprimento é de, aproximadamente, 0,0003 mm.

0,0003=310-4

c) A população da China em 2015 era de, aproximadamente, 1 397 000 000 de habitantes.

1397000000=1,397109

d) Em 2015 o Brasil tinha cerca de 206 milhões de habitantes.

206000000=2,06108

2. A figura representada a seguir é composta por dois cubos. Observe as medidas indicadas e, sabendo que o volume do cubo maior é 729 cm³, determine o volume do cubo menor.

???

Elaborado pelo autor.

216 cm³.

Ampliação

Pode-se propor que os alunos acessem o site sugerido a seguir para trabalhar com volume de prismas. Nele, os alunos devem preencher um prisma com unidades cúbicas e determinar o volume desse prisma.

NOVA ESCOLA. Disponível em: <https://novaescola.org.br/arquivo/jogos/ohando-atraves-de-um-prisma>. Acesso em: 9 nov. 2018.

Também é possível explorar o Material Dourado para trabalhar a ideia de área e volume a fim de realizar as devidas associações aos conceitos de raiz quadrada e raiz cúbica, respectivamente.


Fonte: PNLD

26 abril 2021

Como viviam os índios antes de existir o Brasil?

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Sequência didática

Como viviam os índios antes de existir o Brasil?

Nesta sequência didática, serão abordados temas relacionados à formação do espaço geográfico no qual o território do Brasil constituiu-se. Para isso, propõe-se o estudo dos povos originários, tendo como referências principais os povos caçadores e coletores do período Pré-colonial e povos indígenas no contexto da colonização. Objetiva-se, com esse estudo, que o aluno compreenda de que maneira se deu o início da produção do espaço geográfico brasileiro, enfatizando a importância dos povos originários nesse processo.

Ao final do percurso, pretende-se que o aluno expresse, por meio de uma representação tridimensional e sensorial (denominada de instalação artística), o modo de vida dos povos originários que habitavam as terras constituintes do atual território brasileiro. Nessa instalação serão representados elementos da arte rupestre e de artefatos ilustrativos do contexto espaço-temporal que antecedeu a colonização.

A BNCC na sala de aula

Objeto de conhecimento

Identidade sociocultural.

Transformação das paisagens naturais e antrópicas.

Competências específicas

Específicas de Geografia

1. Utilizar os conhecimentos geográficos para entender a interação sociedade/natureza e exercitar o interesse e o espírito de investigação e de resolução de problemas.

2. Estabelecer conexões entre diferentes temas do conhecimento geográfico, reconhecendo a importância dos objetos técnicos para a compreensão das formas como os seres humanos fazem uso dos recursos da natureza ao longo da história.

Habilidades

(EF06GE02) Analisar modificações de paisagens por diferentes tipos de sociedade, com destaque para os povos originários.

(EF06GE06) Identificar as características das paisagens transformadas pelo trabalho humano a partir do desenvolvimento da agropecuária e do processo de industrialização.

Objetivos de aprendizagem

Conhecer os modos de vida dos povos originários que habitavam o atual território brasileiro.

Identificar o modo de alteração da paisagem pelos povos originários.

Analisar dados e registros históricos sobre a chegada e presença dos povos originários no Brasil.

Reconhecer e valorizar a importância cultural dos povos originários para a formação territorial e populacional do Brasil.

Entender e desenvolver de instalação artística.

Conteúdos

Povos originários do Brasil e seus modos de vida.

Formação do espaço geográfico brasileiro.

Sítios arqueológicos brasileiros.

Materiais e recursos

Computador com projetor multimídia e com acesso à internet ou tablets

Cópias de texto sugeridos para as atividades.

Materiais para pesquisas (livros, revistas, jornais).

Materiais recicláveis.

Tintas guache de várias cores.

Pincéis.

Folhas de papel kraft, papel pardo ou papel pedra.

Sobras de papel colorido.

Desenvolvimento

Quantidade de aulas: 7 aulas.

Aula 1

Ao iniciar a aula, organizar a turma para realizar uma atividade de levantamento dos conhecimentos prévios acerca dos habitantes do território brasileiro antes da chegada dos colonizadores. Montar uma roda de conversa com a turma e apresentar as seguintes questões:

Como os primeiros humanos chegaram ao território que hoje pertence ao Brasil?

Quem vivia no Brasil antes da chegada dos colonizadores portugueses?

Onde e como viviam esses povos?

A primeira questão levantada pode ser pouco familiar aos alunos. É pertinente explicar brevemente sobre as migrações das primeiras populações humanas pelo mundo. Para auxiliar, sugere-se a seguinte fonte:

GOUCHER, Candice; WALTON, Linda. História Mundial: Jornadas do Passado ao Presente. Penso: São Paulo, 2011. Disponível em: <http://srvd.grupoa.com.br/uploads/imagensExtra/legado/G/GOUCHER_Candice/Historia_mundial/Liberado/Cap_01.pdf>. Acesso em: 30 ago. 2018.

Para as demais questões, espera-se que os alunos indiquem que vários povos indígenas habitavam o atual território brasileiro, e que a chegada dos colonizadores provocou significativos impactos em seu modo de vida. Recomenda-se destinar em torno de 15 minutos para a roda de conversa.

Após a roda de conversa, os alunos assistirão a uma reportagem da TV Cultura intitulada Resquícios arqueológicos confirmam presença de povos antigos na Amazônia", disponível em <www.youtube.com/watch?v=ZjUEu_Ni5WE>, acesso em: 30 ago. 2018.

Depois da exibição da reportagem, em duplas ou em trios, eles discutirão e registrarão em um pequeno parágrafo (em torno de cinco linhas) quem foram e como viviam os povos originários no Brasil. Os grupos poderão complementar seus registros escritos com desenhos e ilustrações, tornando ainda mais interessante o material produzido. Espera-se que os alunos reflitam sobre quem vivia no território que hoje pertence ao Brasil e como esses povos viviam no período Pré-colonial. Sugere-se destinar de 25 a 30 minutos para a exibição do vídeo, a discussão e a sistematização dos grupos.

Ao final da atividade em grupo, realizar uma discussão coletiva com sistematização geral das hipóteses da turma na lousa por meio de tópicos ou palavras-chave.

Aulas 2, 3, e 4

As aulas 2 a 4 serão realizadas com base na metodologia de rotação por estações de aprendizagem. Para isso, é recomendável organizar roteiros de pesquisa em grupo colaborativos no qual, se possível, ao menos uma das estações faça uso de linguagem digital/virtual. As rotações por estações de aprendizagem fazem parte das metodologias ativas indicadas como potentes para a aprendizagem ativa.

Para iniciar a aula 2, organizar a turma em grupos colaborativos contendo de 4 a 5 integrantes, a saber:

Facilitador e harmonizador

Garante que todos compreendam a tarefa e tenham a ajuda que precisam para cumpri-la. É o responsável por tirar dúvidas do grupo com o professor. Também ajuda os colegas a resolver conflitos que poderão surgir durante o percurso.

Controlador do tempo

Organiza e garante que os prazos para a execução da tarefa sejam cumpridos. Informa ao grupo o tempo para a realização da atividade.

Gestor de materiais

Responsável pela organização e distribuição dos materiais durante e ao final da atividade. Garante que os materiais sejam devolvidos corretamente ao professor.

Redator

Responsável pelos registros necessários para a execução da atividade e pelo relatório final do grupo.

Repórter ou relator

Responsável por apresentar os resultados do grupo para a turma.

É possível montar, previamente, os grupos ou deixar que os alunos escolham com quem vão trabalhar.

Com os grupos organizados, explicar que os seus integrantes trabalharão juntos ao longo de um período de três aulas e que, ao final, é esperado que todos tenham aprendido um pouco mais a respeito dos povos que viviam no atual território brasileiro e de que modo conseguimos acessar informações sobre eles. Para essa etapa inicial da aula 2, sugere-se estipular 15 minutos.

Com os grupos de trabalho colaborativo organizados, entregar cópias do texto: "Brasil possui mais de 24 mil sítios arqueológicos cadastrados", disponível em <www.brasil.gov.br/editoria/cultura/2017/09/brasil-possui-mais-de-24-mil-sitios-arqueologicos-cadastrados>, acesso em: 30 ago. 2018. Os grupos lerão o texto juntos, destacando as informações mais importantes. É esperado que eles identifiquem informações de dois tipos no material: (1) informações relativas a sítios arqueológicos dos povos originários e (2) informações relacionadas a sítios arqueológicos datados do período colonial. Recomenda-se destinar 15 minutos para essa leitura introdutória.

Em seguida, os grupos de trabalho tomarão contato com a proposta de atividade desta sequência didática: pesquisar informações a respeito de importantes sítios arqueológicos brasileiros. Sugere-se o uso de alguns dos materiais da tabela a seguir como referências para as pesquisas que serão realizadas:


ROTEIRO DE PESQUISA SOBRE OS PRINCIPAIS SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS BRASILEIROSPara o trabalho nas estações de aprendizagem, é recomendável preparar previamente um roteiro de pesquisa e de registro de informações. O objetivo desse roteiro é, primeiramente, garantir a sistematização dos conteúdos estudados pelos grupos e, em segundo lugar, organizar informações que serão utilizadas posteriormente, na etapa de elaboração do produto final desta sequência. A seguir há uma sugestão de roteiro de pesquisa com uso dos materiais elencados na tabela anterior que pode ser replicado para cada uma das cinco estações de aprendizagem ou adaptado para atingir objetivos ou tratar de conteúdos mais específicos. Para cada etapa de trabalho nas estações, o tempo estimado é de 30 a 35 minutos.

Grupo: _______________________________________________________________________________________________

Data: _______________________________________________

Série / Turma: ___________________________

Prezados alunos

Nesta proposta de atividade, vocês têm a tarefa de selecionar, organizar e registrar as informações mais importantes a respeito de alguns dos principais sítios arqueológicos existentes no Brasil. Para isso, a cada aula os grupos ocuparão uma estação de aprendizagem. Nela há um roteiro de pesquisa e materiais adequados ao trabalho que cada grupo realizará.

O trabalho é composto de cinco estações e cada estação contém materiais relacionados a alguns dos sítios arqueológicos mais importantes de cada uma das regiões do Brasil: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Todos os grupos passarão pelas 5 estações e farão registros nas fichas que compõem os roteiros de estudo.

Vamos descobrir muitas coisas a respeito dos povos que deram origem aos nossos primeiros ancestrais no Brasil: os povos originários que aqui viveram antes da chegada dos colonizadores portugueses!

Boa pesquisa!

Estação ______________________________________________________________________________________________

Região _______________________________________________________________________________________________

O grupo deverá escolher um sítio arqueológico da região para estudar e responder às questões propostas.

1. Onde se localiza esse sítio arqueológico (em unidades de conservação, em área não protegida, perto de cidades ou de aldeias indígenas etc.)?

2. Quais são os tipos de registros encontrados nesse sítio arqueológico (as evidências, os artefatos, os objetos encontrados que mostram a existência de um povo originário naquele local)? O grupo deverá colocar o nome do tipo de registro e uma imagem. Se houver mais de um tipo de registro, colocar um exemplo de cada registro encontrado no local.

3. Como é a paisagem existente no local onde esse sítio arqueológico se situa? O grupo precisará descrever a paisagem e inserir uma fotografia representativa dessa paisagem.

4. Há alguma ameaça à preservação desse sítio? Qual?

5. De que maneira esse sítio arqueológico pode nos ajudar a entender melhor como o espaço geográfico brasileiro tem se formado?

Aula 5

Nesta aula, recomenda-se atuar como mediador e organizar uma roda de conversa com a turma para discutir o que foi aprendido com as pesquisas nas estações de aprendizagem e resolver possíveis dúvidas. Sugere-se destinar 15 minutos para essa conversa.

Em seguida, propor à turma a produção de uma instalação artística para apresentar à comunidade escolar as descobertas sobre a existência dos povos originários que habitavam o atual território brasileiro.

Uma instalação artística consiste em um espaço destinado à disposição de obras de caráter artístico e visual, que propicia uma experiência sensorial ou multissensorial aos seus visitantes. A instalação é montada e desmontada em um curto período, que pode durar algumas horas ou dias. O importante é que os visitantes estejam expostos a uma experiência vivencial por meio das artes.

Ouvir as ideias da turma no que se refere ao planejamento dessa instalação, o que será representado nela, quais objetos, artefatos, inscrições, pinturas, entre outros registros arqueológicos farão parte da instalação é muito desejável. É possível dar sugestões, mas é muito importante que as ideias dos alunos sejam contempladas em sua maior parte. Nesse momento é importante apresentar aos alunos o local onde essa instalação será montada. Desse modo, planejar a organização e a disposição das obras, bem como toda a ambientação, fica mais fácil. Sugere-se estipular 10 minutos para esta etapa.

Para organizar esse planejamento, reunir os alunos nos grupos colaborativos e decidir qual será a tarefa de cada grupo, ou seja, cada grupo deverá ser responsável por estruturar a exposição dos materiais relativos a uma região do Brasil.

Depois de decidida a tarefa de cada grupo na instalação, os alunos, ainda em grupos, devem fazer uma proposta para a estrutura da instalação artística, compondo um esboço de planta baixa do local onde ela será montada. Nesse esboço, os grupos devem indicar o posicionamento de cada material exposto, os materiais que serão usados na ambientação de sua região. Os grupos receberão papel sulfite A3 para montar o esboço e a lista dos materiais. Estima-se destinar 40 minutos para a confecção do esboço e da lista de materiais.

Recolher o material ao final da aula e providenciar os itens solicitados junto à escola. Pedir aos alunos que tragam materiais reciclados, gravetos, folhas secas e conchas para serem usados na instalação artística.

Aula 6

Organizar uma estação de materiais. A turma será disposta nos grupos colaborativos e o gestor de materiais de cada grupo deverá buscar e devolver na estação os itens a serem utilizados na confecção dos objetos e das representações de arte rupestre, petróglifos e geoglifos de cada sítio arqueológico.

O gestor do tempo manterá o grupo sempre informado do aproveitamento do tempo de aula para a resolução da tarefa. Todos devem trabalhar na confecção dos objetos e dos elementos cenográficos que compõem a sua instalação.

Garantir a unidade cenográfica da instalação é parte da ação docente nesse momento. Consultar os facilitadores de cada grupo sobre o andamento do trabalho em grupo é uma etapa importante, assim como solicitar aos relatores e repórteres um parecer relacionado ao resultado final do trabalho em grupo e do produto final como um todo.

A aula deve ser inteiramente destinada à confecção e à montagem da instalação. Recomenda-se que o local escolhido para a instalação seja de fácil acesso à comunidade escolar e que seja visitada pelo maior número de pessoas possível. Ao final da experiência, os visitantes podem assinar um livro de visitas e deixar recados à turma.

Aula 7

Nesta aula, finalizar a montagem da instalação e proporcionar aos alunos um momento de contemplação e de vivência junto ao material produzido.

Depois, realizar uma roda de conversa com a turma para avaliar o percurso de estudo e o produto final; e, se for possível, aplicar o relatório final de avaliação à turma.

Para trabalhar dúvidas

Caso os alunos apresentem dúvidas relacionadas ao tema de estudo, retomar a ideia de que o espaço geográfico resulta das sucessivas intervenções, mudanças e transformações que a sociedade promove. Conhecer o modo de vida dos povos originários é uma maneira de propiciar aos alunos o entendimento de que o espaço geográfico no qual o Brasil se situa não resulta apenas do processo de colonização. Identificar as dúvidas específicas deles e reler com eles textos ou trechos indicados nas estações de aprendizagem também pode ser eficaz. Procurar outras imagens e vídeos representativos dos sítios arqueológicos brasileiros complementa os materiais já disponibilizados e amplia o conhecimento, contribuindo para solucionar as dúvidas.

Avaliação

A avaliação desta sequência didática consiste na elaboração de um breve relatório a ser produzido em dupla ou trio, tendo como referência os grupos do trabalho colaborativo. Sugere-se o modelo de ficha a seguir.

MODELO DE RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO EM DUPLA OU TRIO

Nomes: _______________________________________________________________ Turma: _______________________

1. Pode-se afirmar que o espaço geográfico brasileiro começou a ser constituído a partir da chegada dos colonizadores portugueses? Justifique a sua resposta com informações obtidas pelas pesquisas nas estações de aprendizagem.

2. Quais tipos de registro arqueológico chamaram a atenção de vocês durante o percurso de estudo? Por quê? Onde eles foram encontrados?

3. Avalie a sua participação nas aulas, considerando a sua participação durante todas as etapas do trabalho em grupo.

(Essa questão deve ser reproduzida de acordo com a quantidade de integrantes de cada grupo  dupla ou trio)

Aluno: __________________________________________________________________________________

( ) Insatisfatória

( ) Parcialmente satisfatória

( ) Satisfatória

( ) Totalmente satisfatória

Se você considerou a sua participação insatisfatória ou parcialmente satisfatória, o que poderia fazer para melhorá-la?

Aluno: __________________________________________________________________________________

( ) Insatisfatória

( ) Parcialmente satisfatória

( ) Satisfatória

( ) Totalmente satisfatória

Se você considerou a sua participação insatisfatória ou parcialmente satisfatória, o que poderia fazer para melhorá-la?

Aluno: __________________________________________________________________________________

( ) Insatisfatória

( ) Parcialmente satisfatória

( ) Satisfatória

( ) Totalmente satisfatória

Se você considerou a sua participação insatisfatória ou parcialmente satisfatória, o que poderia fazer para melhorá-la?

4. A instalação organizada e montada pela sua turma revela o percurso de estudo e de descoberta pelo qual vocês passaram? Assinalem a alternativa que melhor expressa o nível de satisfação do grupo (dupla ou trio) quanto ao produto final.

( ) Insatisfatório

( ) Parcialmente satisfatório

( ) Satisfatório

( ) Totalmente satisfatório

A dupla ou trio tem alguma sugestão ou crítica a fazer? Registre-a no espaço a seguir.

Ampliação

Os alunos poderão estudar um sítio arqueológico específico, escolhido pela turma ou indicado pelo professor. Para isso, fazer uma lista de sítios arqueológicos que não foram estudados nas estações de aprendizagem ou selecionar um sítio arqueológico cujo interesse comum da turma possibilite o aprofundamento por meio de pesquisas. A pesquisa poderá ser feita na biblioteca da escola ou na aula de informática, sendo necessário acesso à internet nas duas opções.


Fonte