SEQUÊNCIA DIDÁTICA:WHAT DOES YOUR FACE SAY TO THE WORLD? |
Esta sequência didática trabalhará com um excerto do livro The Skin I’m In, da autora afrodescendente estadunidense Sharon G. Flake. O texto literário abordará a autoestima e a beleza fora dos padrões. Os alunos serão convidados a refletir sobre autoestima e realizarão uma atividade em conjunto para apoiar o desenvolvimento da autoestima entre eles.
Relação entre BNCC, objetivos e conteúdos
Objetos de conhecimento | Construção de sentidos por meio de inferências e reconhecimento de implícitos Leitura de textos de cunho artístico/literário Reflexão pós-leitura Construção de repertório artístico-cultural |
Habilidades | (EF08LI05) Inferir informações e relações que não aparecem de modo explícito no texto para construção de sentidos. (EF08LI06) Apreciar textos narrativos em língua inglesa (contos, romances, entre outros, em versão original ou simplificada), como forma de valorizar o patrimônio cultural produzido em língua inglesa. (EF08LI08) Analisar, criticamente, o conteúdo de textos, comparando diferentes perspectivas apresentadas sobre um mesmo assunto. (EF08LI18) Construir repertório cultural por meio do contato com manifestações artístico-culturais vinculadas à língua inglesa (artes plásticas e visuais, literatura, música, cinema, dança, festividades, entre outros), valorizando a diversidade entre culturas. |
Objetivos de aprendizagem | Descrever características físicas e pessoais de fotos de si mesmo e dos colegas de classe. Diferenciar adjetivos que descrevem aparência física dos que descrevem personalidade. Localizar informações específicas em texto. Reconhecer características gerais do gênero narrativo. Analisar falas que expressam preconceito e orgulho racial. Refletir sobre a autoestima das personagens de um texto e sua própria autoestima. Avaliar características pessoais de si mesmo e dos colegas, que são, muitas vezes, manifestadas na aparência física. |
Conteúdos | Trecho de texto literário narrativo (do livro The Skin I’m In, de Sharon G. Flake) Adjetivos que descrevem aparência física Adjetivos que descrevem personalidade |
Desenvolvimento
Tempo estimado: 3 aulas de 50 minutos cada uma
Aula 1
Materiais e recursos
Projetor.
Computador com acesso à internet.
Três ou quatro retratos de rostos de pessoas (conforme sugestão) ou outros que desejar.
Lista de adjetivos que descrevem aparência física e personalidade, projetada ou impressa (uma por grupo de 4-5 alunos). Se impressa, recortar de forma que cada adjetivo fique em um pedaço de papel.
Dicionário Inglês/Inglês (on-line ou impresso).
Jornais e revistas que possam ser recortados.
Cartolina.
Cola.
Procedimentos
Atividade 1
Alunos: turma como um todo
Tempo estimado: 10 min
Iniciar a aula escrevendo a seguinte pergunta no quadro: What does this face say to the world? Apresentar, então, para a turma imagens de rostos de pessoas (como os sugeridos a seguir) projetadas, ou impressas, se preferir.
Tish1/Shutterstock.com | Mamasuba/Shutterstock.com |
Riccardo Mayer/Shutterstock.com | Shymanska Yunnona/Shutterstock.com |
Fazer a pergunta do quadro para a turma e anotar as respostas dos alunos, explorando as características físicas e de personalidade. Sugerimos algumas perguntas que podem ajudar a analisar melhor as imagens. Você pode fazer essas perguntas à medida que aponta para cada uma das imagens.
Do you think this person is a happy person?
Does this person look worried or relaxed?
Is this person old or young?
How does this person look like?
Atividade 2
Alunos: grupos com 4 ou 5 alunos
Tempo estimado: 20 min
Organizar a turma em grupos para revisar adjetivos de aparência física e personalidade. Para tanto, você pode mostrar a eles a lista a seguir (ou outra que desejar apresentar) com vários adjetivos, que podem ser projetados na tela, escritos em um cartaz ou no quadro ou, ainda, escritos em pequenos pedaços de papel e cortados.
Explicar, então, que eles devem separar os adjetivos entre aqueles que descrevem personal appearance ou personal traits. Orientar os alunos, se tiverem dúvidas sobre o significado das palavras, a consultar suas anotações no caderno ou ainda um dicionário (bilíngue ou monolíngue, o que julgar mais relevante para a turma).
Personal appearance: curvy, elderly, fat, medium-high, old, plus-size, short, skinny, slim, small, tall, young.
Personal traits: bad-tempered, confident, funny, good-tempered, happy, hard-working, impatient, insecure, messy, sad, serious, tidy.
funny | bad-tempered |
old | overweight |
good-tempered | curvy |
medium-high | fat |
confident | happy |
plus-size | hard-working |
impatient | sad |
skinny | insecure |
short | messy |
small | slim |
tall | young |
serious | tidy |
Instruir os alunos a copiar os adjetivos acima no caderno para usá-los futuramente, caso você opte por projetar a tabela.
Você pode ainda comentar com a turma que os adjetivos relacionados à aparência física devem ser sempre usados com cautela, pois podem descrever aspectos com os quais muitas pessoas costumam se sensibilizar, como altura, tamanho, idade e peso. Isso porque muitas dessas características se referem ao padrão de beleza considerado ideal em uma determinada cultura. Alguns termos que podem ser usados são, por exemplo, overweight e chubby em vez de fat; older adult/person em vez de old/elderly.
Atividade 3
Alunos: grupos com 4 ou 5 alunos
Tempo estimado: 20 min
Distribuir aos grupos revistas e jornais para que os alunos procurem pessoas e rostos que exemplifiquem os adjetivos que foram trabalhados na atividade anterior.
Depois, pedir aos grupos que apresentem suas pesquisas para o restante da turma, discutindo se as imagens encontradas são mesmo representativas dos adjetivos estudados. As figuras podem ser recortadas, coladas em uma cartolina, ao lado dos adjetivos a que se referem, para que sejam expostas no mural da sala.
Para trabalhar dúvidas
Quando os alunos descreverem aparência física, orientá-los para a ordem dos adjetivos usados para falar do cabelo: tamanho, estilo e cor (hair length, hair style, hair color), por exemplo: She has long curly brown hair.
Avaliação
Durante a aula, sugerimos observar a participação de todos na discussão com a turma e nas atividades em grupo. Você pode criar uma tabela semelhante à apresentada a seguir e avaliar os alunos individualmente, enquanto observa e auxilia durante as atividades.
Participou da discussão inicial? | Participou da atividade em grupo, ajudando a organizar os adjetivos nas duas categorias propostas? | Participou da atividade em grupo para buscar imagens e criar os cartazes? | |
Aluno 1 | |||
Aluno 2 | |||
Aluno 3 |
Aula 2
Materiais e recursos
Projetor multimídia.
Dicionário Inglês/Inglês (on-line ou impresso).
Textos e atividades projetadas ou impressas (uma cópia por dupla ou trio).
Procedimentos
Atividade 1
Alunos: duplas
Tempo estimado: 10 min
Pedir aos alunos que se organizem em duplas. Escrever no quadro: What does their face say to the world? Iniciar, então, uma atividade de pré-leitura, com o objetivo de ativar o conhecimento prévio dos alunos e antecipar o vocabulário que será essencial para o entendimento do texto a ser trabalhado nesta aula.
Para isso, projetar as seguintes imagens que apresentam rostos de pessoas com as seguintes características: scar, birthmark, acne, wrinkles, freckles, mole, wrinkles. Você pode escrever essas palavras no quadro e pedir a eles que associem cada uma delas à respectiva imagem. Para tanto, eles podem utilizar um dicionário monolíngue (ou, se julgar mais apropriado para a turma, bilíngue). Eles podem escrever as respostas nos cadernos e você pode realizar a correção com toda a turma.
Respostas: 1. scar; 2. acne; 3. birthmark; 4. freckles; 5. mole; 6. wrinkles.
1 Fotokostic/Shutterstock.com | 2 KirinIsHappy/Shutterstock.com |
3 Maryna Kulchytska/Shutterstock.com | 4 L-house/Shutterstock.com |
5 metamorworks/Shutterstock.com | 6 pixelheadphoto digitalskillet/Shutterstock.com |
Se não houver dicionários disponíveis, você pode ler para eles, projetar ou imprimir as seguintes definições:
a dark-brown lump or spot on your skin that is permanent |
MOLE. Macmillan Dictionary. Disponível em: <https://www.macmillandictionary.com/dictionary/american/mole>. Acesso em: 10 nov. 2018.
a permanent mark on your skin where you have been injured |
SCAR. Macmillan Dictionary. Disponível em: <https://www.macmillandictionary.com/dictionary/american/scar>. Acesso em: 10 nov. 2018.
a red or brown mark on the skin that some people are born with |
BIRTHMARK. Macmillan Dictionary. Disponível em: <https://www.macmillandictionary.com/dictionary/american/birthmark>. Acesso em: 10 nov. 2018.
a medical condition in which your face is covered in pimples. It mainly affects teenagers. |
ACNE. Macmillan Dictionary. Disponível em: <https://www.macmillandictionary.com/dictionary/american/acne>. Acesso em: 10 nov. 2018.
a line that appears on your skin when you get older […] |
WRINKLE. Macmillan Dictionary. Disponível em: < https://www.macmillandictionary.com/dictionary/american/wrinkle_1>. Acesso em: 10 nov. 2018.
small light brown spots on someone's skin, especially on their face. |
FRECKLE. Collins Dictionary. Disponível em: <https://www.collinsdictionary.com/dictionary/english/freckle>. Acesso em: 10 nov. 2018.
Atividade 2
Alunos: duplas ou trios
Tempo estimado: 10 min
Projetar o seguinte texto (ou distribuir uma cópia para cada dupla ou trio) e pedir aos alunos que leiam silenciosamente o trecho do livro The Skin I’m In e descrevam qual foi a primeira impressão que a aluna Maleeka teve de sua nova professora, Miss Saunders. Você pode propor as seguintes questões, escrevendo-as no quadro.
How does Miss Saunders look like? She was tall and fat, she had small feet, and a big stain on her face.
Does Maleeka have a good impression of her new teacher? No, she doesn’t. (Isso pode ser comprovado pelos trechos em que ela diz que tem um mau pressentimento – I got a bad feeling inside.)
THE FIRST TIME I SEEN HER, I got a bad feeling inside. Not like I was in danger or nothing. Just like she was somebody I should stay clear of. To tell the truth, she was a freak like me. The kind of person folks can’t help but tease. That’s bad if you’re a kid like me. It’s worse for a new teacher like her.
Miss Saunders is as different as they come. First off, she got a man’s name, Michael. Now who ever heard of a woman named that? She’s tall and fat like nobody’s business, and she’s got the smallest feet I ever seen. Worse yet, she’s got a giant white stain spread halfway across her face like somebody tossed acid on it or something.
[…]
FLAKE, Sharon G. The Skin I’m In. New York: Jump at the Sun, 1998. p. 8
GLOSSARY danger: perigo freak: esquisito(a) tease: caçoar stain: mancha |
É importante esclarecer o significado de freak – palavra usada, no passado, para se referir a uma pessoa com características físicas consideradas “anormais”. Hoje em dia, é um termo ofensivo e se refere a tudo que possa ser incomum e ter uma aparência estranha.
Atividade 3
Alunos: duplas ou trios
Tempo estimado: 20 min
Explicar aos alunos que agora eles vão ler um trecho mais longo do livro The Skin I’m In, no qual a professora Saunders responderá à pergunta: What does your face say to the world?
WHEN THE SECOND BELL RINGS, I run to Miss Saunders’s class like somebody set my shoes on fire. It don’t help none. Soon as I walk in, I know I’m in trouble. Everybody’s got their head down and they’re writing. Miss Saunders nods for me to take out paper and get to my seat. “What does your face say to the world?” is written on the blackboard. […]
[…]
″My face?″ I point to myself.
″Maleeka’s face says she needs to stay out of the sun,″ Larry Baker says, covering his face with a book.
″Naw, man,″ Gregory Williams says. ″Maleeka’s face says, Black is beautiful.″
[…]
My hand goes up. I figure she’s embarrassed me twice since she’s been here this week. Now it’s her turn. “Not to hurt your feelings…but…I think it says, you know, you’re a freak.”
[…]
“Freak,” she says. “I saw that too when I was young.” Then she explains how she was born with her face like that. How when she was little her parents had the preacher pray over it, the old folks work their roots on it, and her grandmother use some concoction to change the color of that blotch on her cheek so it matched the rest of her skin. Miss Saunders says none of the stuff she tried on her face worked. So she finally figured she’d better love what God gave her.
“Liking myself didn’t come overnight,” she says, “I took a lot of wrong turns to find out who I really was. You will, too.” Everybody starts talking at once, asking her questions. Miss Saunders answers ‘em all. Some kids even go up to her face and stare and point. She lets them do it too, like she’s proud of her face or something.
Then Miss Saunders comes over to my desk and stares down at me. “It takes a long time to accept yourself for who you are. To see the poetry in your walk,” she says, shaking her hips like she’s doing some African dance. Kids bust out laughing. “To look in the mirror and like what you see, even when it doesn’t look like anybody else’s idea of beauty.”
For a minute, it seems like Miss Saunders is getting all spacey on us. Like her mind is somewhere else. Then she’s back, talking that talk. “So, what’s my face say to the world?” she asks. “My face says I’m smart. Sassy. Sexy. Self-confident,” she says, snapping her fingers rapid-fire. “It says I’m caring and, yes, even a little cold sometimes. See these laugh lines,” she says, almost poking herself in the eyes. “They let people know that I love a good joke. These tiny bags? They tell the world I like to stay up late.”
[…]
Miss Saunders throws her head back and laughs. The lines around her eyes crinkle. The bangles on her arm jingle. “What do I think my face says to the world? I think it says I’m all that,” she says, snapping her fingers.
Kids clap like they just seen a good movie, and they yell stuff like: ″Go on, Miss Saunders.”
“Give me five.”
“Tell us who you really is.”
FLAKE, Sharon G. The Skin I’m In. New York: Jump at the Sun, 1998. p. 14-20.
O aluno pode notar que, no texto, há algumas construções que fogem à norma-padrão, como “It don’t help none” (uso do auxiliar do em vez de does e a dupla negativa), e Tell us who you really is (uso do verbo be para a terceira pessoa do singular). Você pode comentar com eles que são traços da oralidade e estão relacionados ao modo de falar das personagens, de forma a refletir de modo autêntico a linguagem falada por aquele grupo de pessoas na sociedade. No entanto, é importante explicar que não se trata de uma incorreção ou imperfeição no modo de falar, mas apenas de uma das diferentes formas. Você pode ainda dar exemplos para eles de como costumamos falar em português, o que muitas vezes foge dos padrões da gramática normativa, e como pode soar estranho se tentarmos falar seguindo exatamente essas regras. Como a língua está sempre em mudança e evolução, essas mudanças são mais evidentes inicialmente na oralidade. Numa obra literária, são comuns essas marcas da oralidade. Você pode então dar a eles exemplos de obras da literatura brasileira em que é comum ver esses traços.
Após uma leitura do texto, você pode propor a seguintes perguntas de compreensão, que podem ser impressas e entregues às duplas ou trios, ou ainda projetadas, e os alunos podem escrever as respostas no caderno.
O livro The Skin I'm In é um romance de ficção escrito pela autora afrodescendente estadunidense Sharon G. Flake. O livro conta a história de Maleeka Madison, uma menina de 13 anos que cursa o 7º ano e tem baixa autoestima por causa da cor de sua pele, um problema enfrentado por muitas meninas afrodescendentes.
1. Take a quick look at the second extract again and choose the best answers to these questions.
Respostas: a. I; b. II; c. II; d. I.
a) This passage is taken from a… I. novel. II. poem.
b) The narrator of the story is… I. Miss Saunders. II. Maleeka.
c) The story is written in… I. verses. II. paragraphs.
d) The story takes place in… I. a classroom. II. a library.
2. Read the second extract and answer if the statements are true (T) or false (F).
a) Maleeka has a positive opinion on Miss Saunder’s face. F
b) Miss Saunders had an accident when she was little. F
c) The class was very curious about Miss Saunder’s face. T
d) Miss Saunders have positive opinion about her own face. T
e) Miss Saunders is sad about her tiny eye bags. F
3. Make a list of the characters in the story and use it to complete the sentences about them.
a) __________ demonstrates intolerance and prejudice. Larry Baker
b) __________ uses negative adjectives to describe Miss Saunder’s face. Maleeka
c) __________ defends Maleeka. Gregory Williams
d) __________ accepts her own imperfections. Miss Saunders
e) __________ suffers bullying in the class. Maleeka
f) __________ uses positive adjectives to describe Miss Saunder’s face. Miss Saunders
4. When people have high self-esteem, they accept their own physical appearance and personal traits and they are happy about them. Which character from the second extract has high self-esteem? Why?
Miss Saunders. Because she says positive things about herself and is very confident in class.
Após realizarem as atividades em duplas ou trios, você pode propor a correção com toda a turma.
Atividade 4
Alunos: turma como um todo
Tempo estimado: 10 min
Após as atividades de compreensão, você pode propor algumas questões para debate com a turma. Por exemplo:
O que vocês acham que Larry Baker quis dizer com sua fala: ″Maleeka’s face says she needs to stay out of the sun.″? Ele está fazendo referência à cor da pele da menina. Maleeka é negra, e a fala de seu colega demonstra racismo da parte dele, pois afirma que ela deveria ficar longe do sol, pois já estaria muito morena.
Larry e Gregory têm opiniões diferentes sobre a aparência física de Maleeka. Quais são elas? Por que você acha que algumas pessoas demonstram intolerância racial? Larry demonstra preconceito e uma atitude negativa em relação à cor da pele de Maleeka, enquanto Gregory demonstra o contrário, elogiando a negritude da colega de classe ao dizer “Black is beautiful”. As questões raciais podem ser complexas e apresentar algum desconforto para alguns alunos, no entanto, é importante conversar com eles sobre esse aspecto procurando esclarecer que, apesar de nossas diferenças físicas, somos todos seres humanos e sentimos alegria, amor, tristeza e dor da mesma forma. A origem do preconceito racial é muito antiga e não se pretende explorar esse aspecto, mas gerar uma reflexão para que os alunos possam entender o quão sem sentido e infundada é a intolerância racial. Para saber mais sobre o racismo no Brasil: NOGUEIRA, Oracy. Preconceito racial de marca e preconceito racial de origem. Tempo social, Revista de Sociologia da USP, v. 19, n. 1. Disponível em: <http://pnld.me/n8zvkw>; MAESTRI, Mário. A origem e a consolidação do racismo no Brasil. Géledes – Instituto da Mulher Negra. Disponível em: <http://pnld.me/ix8gzv>. Acessos em: 23 out. 2018. Se você julgar pertinente, poderá convidar o professor de História para um debate sobre intolerância racial.
Como você descreveria uma pessoa com alta autoestima? Resposta pessoal. Uma pessoa com alta autoestima em geral não se preocupa muito com o que os outros pensam da sua aparência, pois ela está feliz consigo mesma.
Você considera sua autoestima alta ou baixa? Por quê? É possível aumentar a autoestima? O que lhe ajudaria a aumentar a sua autoestima? Resposta pessoal. Se você identificar, no decorrer das aulas, que algum aluno esteja com baixa autoestima e apresentando sinais de que precisa de ajuda, converse com a direção da escola e com o pedagogo ou psicólogo responsável, a fim de que a situação possa ser mais bem avaliada e medidas possam ser tomadas, se necessário.
Você considera importante tratar de assuntos como racismo, baixa autoestima e bullying em obras literárias? Por quê? Resposta pessoal. A literatura é também uma forma de resistência e denúncia de muitos problemas de nossa sociedade. Dessa forma, mesmo sendo uma obra de ficção, muitas vezes se relaciona de forma bastante direta com a vida real.
Que outros temas sociais costumamos ver em obras literárias, como romances, poesias, contos? Uma diversidade muito grande de problemas é abordada em obras literárias, como pobreza, problemas ambientais, violência, política etc.
Na próxima aula, os alunos irão desenvolver uma atividade para mostrar para as pessoas quem eles são, de modo a destacar suas singularidades como potenciais para aumentar a autoestima. Dessa forma, será necessário pedir a eles que tragam, na próxima aula, fotos 3 x 4 deles para realizarem a atividade. Entretanto, se perceber que algum aluno não está se sentindo confortável com isso, em vez de trazer fotos, eles poderão, por exemplo, criar avatares de si próprios e desenhá-los. Nesse caso, para manter uma linearidade na atividade, você pode conversar com eles para decidir o melhor caminho: ou todos trazem as fotos ou fazem os avatares. Esses avatares deverão ter as mesmas características físicas de seus donos, com a diferença de que, em vez de fotos, serão desenhos. Você pode conversar com eles e orientar que, caso tenham alguma mancha de nascença, cicatriz, espinha etc., o avatar deverá ter também, pois a ideia é que os alunos sejam capazes de descrever uns aos outros e conhecê-los por essa descrição.
Para trabalhar dúvidas
Explicar que a fala de Gregory, “Black is beautiful”, retoma o lema do movimento cultural dos afrodescendentes estadunidenses durante os anos 1960 na luta por direitos civis. O lema buscava enaltecer a beleza negra numa época em que os negros não gozavam dos mesmos direitos dos outros cidadãos considerados brancos nos EUA. Portanto, a fala de Gregory resgata a valorização da beleza negra de maneira geral, combatendo o preconceito racial expresso no comentário de Larry.
Para saber mais sobre o movimento Black is beautiful: LANERI, R. How a Harlem fashion show started the ‘Black is Beautiful’ movement. NYPost, 5 fev. 2018. Fashion. Disponível em: <http://pnld.me/bz8cvx>. Acesso em: 29 ago. 2018.
Avaliação
Durante a realização das atividades, você pode monitorar os alunos e auxiliá-los em caso de dúvidas. A tabela abaixo pode ser usada para facilitar as anotações sobre o desempenho deles em relação às habilidades trabalhadas na atividade ao longo da aula e na discussão das respostas.
Os alunos foram capazes de… | Não observado | Parcialmente | Com sucesso |
… inferir o preconceito presente na fala do aluno Larry em relação a Maleeka? | |||
… compreender o sentido de valorização da negritude presente na fala de Gregory? | |||
… apreciar os textos narrativos em língua inglesa? | |||
… compreender que o texto literário valoriza o patrimônio cultural da negritude estadunidense produzido em língua inglesa? | |||
… analisar, criticamente, o conteúdo de textos, comparando diferentes perspectivas apresentadas sobre a beleza de Maleeka e da Miss Saunders? |
Aula 3
Materiais e recursos
Fotos 3 x 4 dos alunos.
Folha A4 (uma para cada aluno).
Cola.
Canetas hidrográficas.
Percevejo para prender no quadro ou fita-crepe/massa adesiva para colar na parede.
Faixa de papel com a pergunta: What does my face say to the world?.
Atividade 1
Alunos: em quatro ou cinco grandes grupos
Tempo estimado: 15 min
Explicar aos alunos que, nesta aula, eles farão uma atividade com o objetivo de mostrar para as pessoas quem eles são e que se orgulham de ser como são. Cada grupo, então, deverá misturar as fotos (ou os desenhos dos avatares) em uma sacola ou envelope ou apenas deixá-las viradas para baixo com uma folha por cima delas.
Nos grupos, um aluno deve pegar uma foto (ou um desenho de avatar), que não seja dele mesmo, e descrever a aparência física do colega, de forma que os outros membros do grupo descubram quem é a pessoa descrita. Quando alguém responder corretamente, ele passa a vez a outro colega.
Dica: as descrições devem ser breves para que todos consigam participar. Assim, pode ser interessante escrever no quadro uma lista de características físicas e de adjetivos que ajude os alunos a descrever os colegas ou pedir a eles que tenham à mão a lista da Aula 1.
Atividade 2
Alunos: mesmos grupos da atividade anterior
Tempo estimado: 25 min
Pedir aos alunos que devolvam as fotos (ou os desenhos dos avatares) aos seus donos e peguem uma caneta. Nesse momento, entregar uma folha A4 em branco a cada um deles.
Solicitar que colem a foto (ou os desenhos dos avatares) no meio da folha, deixando uma margem bem grande para que seja possível escrever ao redor dela. Nos grupos, eles devem passar as folhas para o colega ao lado, de forma que cada um escreva um adjetivo ou uma frase curta, com mensagem positiva, que descreva o que aquele rosto diz para o mundo – what the face tells to the world. Dizer aos alunos que eles podem escrever em qualquer direção, ocupando todo o espaço em volta da foto.
Durante toda a atividade, os alunos deverão ser encorajados a usar a lista de adjetivos da Aula 1, os dicionários e as anotações que possam ter no caderno. É importante orientá-los no sentido de que devem destacar apenas os pontos positivos dos colegas, pois o intuito é fazer que eles desenvolvam a autoestima. Observar também para que sejam respeitosos uns com os outros.
À medida que os alunos terminarem, prender as folhas A4 em um quadro de avisos, na parede da sala de aula ou no corredor da escola para ficarem em exposição. Sugerimos conversar antes com a turma para saber se todos se sentem confortáveis em expor os trabalhos nas paredes da escola. Caso julgue mais apropriado, você pode deixar apenas na sala de aula.
Os alunos que terminarem primeiro podem ajudar a confeccionar uma faixa com papel A4 ou cartolina com a seguinte inscrição: What does my face say to the world? para intitular a exposição.
Atividade 3 + Avaliação final
Alunos: sala como um todo
Tempo estimado: 10 min
Ao final da aula, incentivar os alunos a observar o trabalho que fizeram em conjunto e a comentar as qualidades de seus colegas, dirigindo-se a cada um deles, e não apenas traços físicos, mas o que eles veem de beleza neles.
Avaliação
As seguintes perguntas podem ajudá-lo na avaliação durante o desenvolvimento da atividade.
1. Os alunos participaram da atividade inicial proposta?
2. Na confecção das folhas com as fotos (ou desenhos), todos participaram de forma respeitosa?
3. Todos conseguiram utilizar o vocabulário para descrever os colegas?
4. Houve uma postura colaborativa para montar a exposição final?
Ampliação
Se achar conveniente, você pode trabalhar músicas que falem do orgulho negro. Uma possibilidade seria comparar duas versões de músicas que destacam a luta dos negros por igualdade e perceber quais situações ainda não foram superadas com o passar dos anos. Abaixo, seguem duas sugestões de músicas que poderiam ser trabalhadas com a turma.
BROWN, J.; ELLIS, A. J. Say It Loud – I’m Black And I’m Proud. Intérprete: James Brown. In: A Soulful Christmas. 1968.
CHRONIXX. Black is Beautiful. Intérprete: Chronixx. In: Chronology. 2017.
Avaliação Final
Ao final da sequência, propor uma autoavaliação aos alunos sobre o trabalho realizado. Eles deverão responder por escrito e entregar a você no final da aula.
1. Liste quatro adjetivos usados para descrever personalidade e quatro usados para descrever características físicas.
2. Qual parte do trecho do romance The Skin I’m In, lido na sala de aula, você achou mais interessante. Por quê?
3. Como foi sua participação nas atividades e na discussão com a turma e o grupo? Descreva brevemente.
4. O que pude aprender sobre o que meu rosto diz ao mundo?
5. Como as possíveis imperfeições em minha aparência fazem de mim uma pessoa única e incrível?
6. Como posso valorizar o meu colega, respeitando-o e aceitando-o como ele é?
Fonte: PNLD