Componente curricular: Educação Física Ano: 6º Bimestre: 1º
Sequência didática 1
Unidade temática |
Danças |
Objeto de conhecimento |
Danças
urbanas |
Danças urbanas
Apresentação
Esta sequência didática tem como objetivo que os
alunos participem e vivenciem ações pedagógicas relacionadas às danças urbanas,
mais especificamente ao freestyle,
presente na cultura hip-hop. Espera-se
que, após diversas experiências, os alunos analisem criticamente e valorizem as
danças urbanas como uma manifestação da cultura contemporânea.
Objetivos de aprendizagem
Objetivos gerais
·
Conhecer e valorizar as danças urbanas como uma
manifestação cultural relevante.
·
Experimentar e fruir as danças urbanas.
·
Experimentar gestos, espaços e ritmos das danças
urbanas.
· Diferenciar as danças urbanas de outras práticas.
Objeto de conhecimento/Habilidades
Danças urbanas
·
(EF67EF11)
Experimentar, fruir e recriar danças urbanas, identificando seus elementos constitutivos
(ritmo, espaço, gestos).
·
(EF67EF12)
Planejar e utilizar estratégias para aprender elementos constitutivos das
danças urbanas.
· (EF67EF13) Diferenciar as danças urbanas das demais manifestações da dança, valorizando e respeitando os sentidos e significados atribuídos a eles por diferentes grupos sociais.
Tempo previsto: 3 aulas
Aula
1
Gestão dos alunos: os alunos serão organizados num único
grupo, bem como dispostos em grupos, de acordo com as atividades propostas. O
professor será mediador nas discussões, bem como agente mobilizador na
construção dos conhecimentos dos alunos.
Objetivos específicos de aprendizagem
·
Reconhecer o freestyle
como um dos estilos de dança do hip-hop,
diferenciando-o das demais manifestações de dança urbana.
·
Experimentar e recriar elementos constitutivos das
danças urbanas (ritmos, espaço, gestos), por meio de vivências de percussão
corporal.
Recursos didáticos
Espaço físico: quadra,
pátio e/ou sala com recurso audiovisual e espaço adequado para a vivência dos alunos
Materiais: equipamento para projeção de
imagens e vídeos (projetor digital, computador) e/ou impressão de imagens
coloridas a fim de facilitar a visualização dos alunos e caixas de som
Desenvolvimento da aula
Momento 1
– Realize uma roda de conversa com os alunos, a fim de levantar os
conhecimentos prévios que eles têm referentes às danças urbanas. Procure
mobilizá-los com alguns questionamentos para discussão: “Vocês já ouviram falar
de dança urbana?”; “Alguém conhece um estilo de dança urbana?”. Procure ouvir
as falas dos alunos e, se possível, registre as respostas com o intuito de
retomarem alguma ideia ao longo das aulas.
Momento 2
– A fim de tornar a discussão mais interessante, tente projetar algumas imagens
ou, mesmo, apresentar imagens impressas de diversos estilos de dança. Pergunte
aos alunos se eles conseguem identificar as diferentes vertentes.
Momento 3
– Durante a análise das imagens, faça uma mediação buscando validar e/ou
corrigir as falas relacionadas ao material apresentado. Aponte que a proposta
das aulas será centrada no freestyle,
um dos estilos da street dance, que
faz parte do movimento hip-hop. Você
pode, também, contextualizar brevemente alguns conhecimentos referentes a essa
manifestação da cultura, por exemplo a nomenclatura dada aos dançarinos: B. Boy
ou B. Girl.
Momento 4
– Após todo esse estudo inicial, encaminhe os alunos para a seguinte questão:
“Existe alguma coisa que todas as danças têm em comum?”, ou mesmo: “O que há de
comum em todas as danças apresentadas?”. Explique que o ritmo, principalmente
nas coreografias em grupo, é um elemento essencial e que, convencionalmente,
faz-se uma contagem de 1 a 8 para marcar o tempo. Se possível, coloque uma
música utilizada no freestyle
(escolhida por você ou pelos próprios alunos) e solicite que eles identifiquem
e realizem tal marcação de tempo rítmico.
Momento 5
– Em seguida, você pode propor que os alunos produzam sons a partir de
diferentes partes do corpo. Primeiro, deixe-os explorar as diversas
possibilidades e, caso necessite, sugira alguns movimentos, tais como bater
palmas, bater a mão no peito, bater as mãos no quadríceps, bater os pés no
chão, estalar os dedos etc. Vale ressaltar que essa atividade é importante para
auxiliá-los na marcação rítmica.
Momento 6
– Após essa exploração de sons, disponha os alunos em grupos e solicite que
eles próprios criem uma sequência rítmica. A fim de direcionar melhor a
atividade, estipule um tempo mínimo de produção, como 2 ou 3 × 8 tempos.
Depois, eles poderão apresentar aos demais colegas a sequência elaborada.
Procure ressaltar que, para terem maior facilidade na realização dos movimentos
do freestyle em sequência, eles
precisarão, minimamente, ter uma noção de marcação de tempo rítmico e que nas
próximas aulas vão vivenciar múltiplas possibilidades de gestos relacionados a
essa prática corporal.
Aula
2
Gestão dos alunos: os alunos serão organizados num único
grupo, bem como dispostos em grupos, de acordo com as atividades propostas. O
professor será o mediador nas discussões, bem como agente mobilizador na
construção dos conhecimentos dos alunos.
Objetivos específicos de aprendizagem
·
Conhecer e valorizar as danças urbanas como uma
manifestação cultural relevante, analisando os estereótipos atribuídos aos
praticantes.
·
Experimentar gestos, espaços e ritmos das danças
urbanas, em diferentes planos (baixo, médio e alto).
Recursos didáticos
Espaço físico: quadra,
pátio e/ou sala com recurso audiovisual e espaço adequado para a vivência dos
alunos
Materiais: equipamento para projeção de
imagens e vídeos (projetor digital, computador) e/ou impressão de imagens
coloridas a fim de facilitar a visualização dos alunos e caixas de som
Desenvolvimento da aula
Momento 1
– Proponha a visualização de uma ou mais coreografias de freestyle. Algumas boas opções são: Grupo Jabbawockeez, disponível
em: <https://www.youtube.com/watch?v=Cj3AV92fJ90>;
Brasil versus Japão no Campeonato
Mundial de street dance, disponível
em: <https://www.youtube.com/watch?v=4iYkTHE5qwo>,
e Batalha de B. Girls, disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=52BtvpXzX1I>.
Acessos em: 30 jun. 2018.
Verifique se os alunos conhecem ou se familiarizam
com essa prática. Visando aprofundar os conhecimentos, você pode direcionar a
discussão por meio de questões como: “Quem são os praticantes?”; “Como eles
estão vestidos?”; “Existe algum padrão de movimento?”; “O que mais lhe chama a atenção
ao ver essa dança?”.
Momento 2
– Procure atentar às falas dos alunos, registrando as respostas mais
relevantes. Você pode contextualizar e discutir alguns estereótipos e
preconceitos relacionados aos praticantes dessa manifestação, enfatizando que
qualquer pessoa pode praticá-la e que ela precisa ser respeitada, assim como
outra prática corporal qualquer. Ao analisar a dança em si, leve os alunos a
observar como ela é dinâmica e expressiva e como os B. Boys e/ou as B. Girls
ocupam os espaços e realizam vários movimentos no chão, em pé e até saltos e
acrobacias.
Momento 3
– Após essa discussão inicial, proponha a experimentação de alguns passos
básicos desse estilo de dança, os quais deverão passar pelos diferentes planos
(baixo, médio e alto) ao longo das aulas. Com base em vídeos, imagens, em uma
representação do professor ou mesmo de um aluno que queira servir de modelo,
solicite que realizem o primeiro passo, voltado ao plano médio.
Passo a passo:
Com os alunos em círculo ou de frente para você,
solicite que realizem os seguintes movimentos:
·
Em pé, com as pernas unidas, primeiro eles
deverão afastar lateralmente a perna direita e, em seguida, levar a perna
esquerda junto da outra.
·
Da mesma forma, deverão afastar a perna esquerda
e, em seguida, levar a perna direita a se unir à outra.
Proponha, inicialmente, que os alunos realizem os
movimentos na contagem realizada por você ou por um aluno, a fim de facilitar a
execução do gesto.
Momento 4
– Com os alunos já familiarizados com o passo básico, é possível elaborar
variações.
Passo a passo:
·
Em pé, com as pernas unidas, eles deverão
afastar a perna direita em diagonal (para a frente ou para trás) e, em seguida,
levar a perna direita a se unir com a outra.
·
Seguindo o passo básico, afastarão a perna
esquerda em diagonal (para a frente ou para trás) e, depois, levarão a perna direita
a se unir com a outra.
Momento 5
– Com os alunos, elabore uma sequência de movimentos com os passos vistos até
aqui. Caso estejam realizando a atividade com certa facilidade, proponha uma
palma no momento em que eles unirem as pernas. A fim de tornar a vivência dos
passos ainda mais prazerosa, coloque uma música para, assim, desfrutarem dos
movimentos numa marcação de tempo.
Momento 6
– Realizadas as diferentes possibilidades do passo básico inicial, convide os
alunos a vivenciar movimentos no plano alto, os quais também observarão uma
sequência para facilitar a compreensão deles.
Passo a passo:
Com os alunos em círculo ou de frente para você, eles
deverão realizar os seguintes movimentos:
·
Em pé, com as pernas unidas, solicite que, primeiro,
afastem lateralmente a perna direita. Ao mesmo tempo, eles deverão levantar os
braços, estendendo-os acima da cabeça.
·
Em seguida, deverão levar a perna esquerda para
trás da perna direita, com um movimento em diagonal da perna esquerda. Solicite
que, ao mesmo tempo que realizam esse gesto, abaixem os braços levando as mãos
ao lado do corpo.
·
Do mesmo modo, eles deverão fazer o mesmo
movimento para o lado esquerdo, logo na sequência, ou seja, devem afastar
lateralmente a perna esquerda e levar os braços estendidos acima da cabeça.
·
Depois, solicite que levem a perna direita para
trás da perna esquerda, abaixando os braços, com as mãos ao lado do corpo.
Proponha aos alunos que, inicialmente, realizem os
movimentos na sua contagem ou na de um aluno, para facilitar a execução dos
gestos.
Momento 7
– Assim que os alunos assimilarem o passo, é possível aumentar o grau de
dificuldade do movimento.
Passo a passo:
·
Seguindo a base inicial do passo, proponha que,
ao afastarem lateralmente a perna direita, realizem um pequeno salto. Lembre-os
de que, com os movimentos, deverão estender os braços acima da cabeça.
·
Na sequência, novamente deverão levar a perna
esquerda para trás da perna direita, fazendo um movimento em diagonal daquela
perna. Diferentemente do passo inicial, os alunos poderão experimentar
variações no movimento dos braços e das mãos, podendo, por exemplo, abaixar os
braços e estalar os dedos; apontar os dedos para alguma direção; cruzar os
braços, entre outras possibilidades.
Momento 8
– Com os alunos, elabore uma sequência de movimentos com os passos vivenciados
(planos médio e alto). Lembre-se de que você pode utilizar músicas a fim de
tornar a vivência dos passos ainda mais significativa e, assim, permitir que os
alunos desfrutem dos movimentos numa marcação de tempo.
Momento 9
– Realizadas as vivências de passos nos planos médio e alto, proponha uma
experiência no plano baixo, isto é, com movimentos de chão.
Passo a passo:
Com os alunos em círculo ou de frente para você, eles
deverão realizar os seguintes movimentos:
·
Sentados no chão, solicite que apoiem os pés no
solo, ficando com os joelhos e o quadril flexionados. Eles deverão colocar,
também, as palmas das mãos no chão, ao lado do corpo, de modo que os braços
fiquem estendidos.
·
A partir dessa posição inicial, solicite que
levantem o quadril e retirem o glúteo do chão, permanecendo com 4 apoios no
solo. Em seguida, proponha que estendam uma das pernas, retirando-a do chão,
permanecendo, então, em 3 apoios.
·
Desafie-os a se colocar em 2 apoios, na medida
do possível, ficando apenas com 1 mão e 1 pé em contato com o chão. De
preferência, eles devem ficar com membros alternados no chão, ou seja, mão
direita com pé esquerdo, e vice-versa.
Momento 10
– Novamente, com os alunos, elabore uma sequência de movimentos com os passos
vivenciados até aqui (planos baixo, médio e alto). Vale lembrar que você pode
utilizar músicas a fim de tornar a vivência dos passos ainda mais atrativa e,
assim, permitir que os alunos desfrutem dos movimentos numa marcação de tempo.
Aula
3
Gestão dos alunos: os alunos serão dispostos em grupos, de
acordo com as atividades propostas. O professor será o mediador nas discussões,
bem como agente mobilizador na construção dos conhecimentos dos alunos.
Objetivos específicos de aprendizagem
·
Experimentar e fruir as danças urbanas, por meio
da construção coletiva de coreografias.
·
Valorizar as danças urbanas, respeitando o fato
de qualquer indivíduo poder dançá-las, independentemente de suas
características físicas.
Recursos didáticos
Espaço físico: quadra,
pátio e/ou sala com recurso audiovisual e espaço adequado para a vivência dos
alunos
Materiais: equipamento para projeção de
imagens e vídeos (projetor digital, computador) e/ou impressão de imagens
coloridas para facilitar a visualização dos alunos e caixas de som
Desenvolvimento da aula
Momento 1
– Numa roda de conversa, dialogue com os alunos sobre as impressões que eles
tiveram na experimentação dos passos básicos relacionados ao freestyle. Pergunte-lhes, considerando
que se trata de um “estilo livre”, se não é possível inserirmos nesse estilo
gestos e ações do cotidiano; por exemplo, simular gestos esportivos como pular
corda, quicar uma bola, “pedalar” sobre uma bola, bater com um taco de golfe,
realizar rolamentos e cambalhotas, saltar um obstáculo, entre outros
movimentos.
Momento 2
– Organize os alunos em grupos e sugira que criem uma sequência coreográfica de
movimentos. Avise que eles podem retomar os passos e gestos apresentados nas
aulas anteriores. Para direcionar melhor a atividade, estipule um tempo mínimo
de produção, como 2 ou 3 × 8 tempos. Em seguida, eles poderão apresentar aos
demais colegas a sequência elaborada. Lembre-se de que o recurso da música é
uma estratégia interessante para tornar a vivência mais instigante para os
alunos.
Momento 3
– Concluídas as apresentações dos grupos, como proposta de atividade final você
pode sugerir a produção de um videoclipe, filmado e editado pelos próprios
alunos. Tente retomar algumas questões abordadas com eles, a fim de auxiliá-los
no conteúdo da produção, como os principais passos, a ocupação dos espaços, as
características dos movimentos etc.
Acompanhamento da aprendizagem
Ao longo das aulas, é importante que você esteja
atento para notar determinados aspectos que podem levar a aprendizagens dos
alunos:
·
Observe os alunos em cada uma das atividades
propostas.
·
Faça um registro sobre cada aluno e, a cada
encontro, anote seu desenvolvimento no decorrer da atividade.
·
Durante os momentos de conversa, observe os
processos de cada um, verificando se houve apropriação da linguagem oral para a
realização de comentários sobre as vivências propostas.
·
Observe as questões conceituais, notando se
houve aprendizagem garantida dos alunos.
·
Verifique se os objetivos de cada aula foram
atingidos no tempo proposto por você.
Após o trabalho com a sequência didática, apresente aos
alunos a autoavaliação a seguir. Se preferir, reproduza as questões na lousa e
peça que as copiem e respondam.
AUTOAVALIAÇÃO |
SIM |
MAIS OU
MENOS |
NÃO |
Participei com empenho das atividades propostas? |
|
|
|
Respeitei a opinião e as formas de expressão dos meus
colegas? |
|
|
|
Compreendi que o freestyle
é diferente de outras danças urbanas? |
|
|
|
Colaborei para a construção e a organização das
coreografias? |
|
|
|
Se considerar oportuno, proponha as seguintes
reflexões com os alunos em roda:
·
O que você considera ter aprendido nessas aulas?
·
Quais eram suas expectativas em relação às
danças urbanas na escola?
·
Mencione uma ou mais atividades de que você mais
gostou. Explique.
·
Do que você não gostou nas aulas? Ou o que você
proporia de diferente para ser feito durante as aulas?
·
Como você julga sua participação e seu
envolvimento nas aulas? E a participação de seus colegas?