16 fevereiro 2022
17 junho 2021
O hip-hop e a discriminação racial
Componente curricular: Educação Física Ano: 6º Bimestre: 1º
Sequência didática 2
Unidade temática |
Danças |
Objeto de conhecimento |
Danças
urbanas |
O hip-hop e a discriminação
racial
Apresentação
Nesta sequência didática tratamos do break, expressão artística da dança que é um dos pilares do hip-hop, e uma questão implícita em sua abordagem: o racismo. Retomamos que o hip-hop é um movimento cultural maior, que abrange diferentes vertentes: além da dança, também a música (representada pelo DJ – Disc Jockey e pelo MC – Mestre de Cerimônia) e a arte visual (representada pelo grafite). Entendemos que as danças urbanas buscam uma mensagem de respeito ao jovem negro da periferia, também produtor de cultura e arte. Diante disso, o freestyle é o estilo que oferece maior liberdade ao dançarino ao criar suas composições.
Objetivos de aprendizagem
Objetivos gerais
· Vivenciar a dança e refletir sobre o preconceito e o racismo por meio de experiências estéticas significativas.
Objeto de conhecimento/Habilidades
Danças urbanas
·
(EF67EF11)
Experimentar, fruir e recriar danças urbanas, identificando seus elementos
constitutivos (ritmo, espaço, gestos).
· (EF67EF12) Planejar e utilizar estratégias para aprender elementos constitutivos das danças urbanas.
Tempo previsto: 3 aulas
Aula 1
Gestão dos alunos: os alunos trabalharão coletivamente, com a mediação do professor.
Objetivos específicos de aprendizagem
·
Favorecer o desenvolvimento de habilidades para
as danças urbanas e mais especificamente o estilo de dança freestyle.
·
Estimular uma reflexão crítica que potencialize
o respeito pela diversidade cultural, de gênero, de raça, de potencialidades e
de escolhas.
Recursos didáticos
Espaço físico: sala de
aula
Materiais: lousa, caneta/giz para lousa, caderno, caneta, equipamento para projeção de imagens e vídeos (projetor digital, computador ou aparelho de DVD), aparelho de som e mídias de música (celular, pen drive ou CD)
Desenvolvimento da aula
Momento 1
– Converse com os alunos sobre a manifestação hip-hop, retomando seus pilares: o DJ – Disc Jockey, que mixa as músicas; o MC – Mestre de Cerimônia,
responsável pela parte do canto; o break,
que se refere à dança; e o grafite – desenhos e pinturas. De forma mais
específica, trate da fundamentação do
hip-hop, baseada na luta contra o
preconceito racial, a miséria e a exclusão.
Momento 2
– Converse com os alunos realizando uma avaliação diagnóstica sobre as seguintes
questões:
a) O que é
preconceito? b) O que é racismo? c) O que é exclusão? d) Há práticas racistas na escola/na
sua cidade/no seu bairro? Como elas se manifestam?
Momento 3
– Comente com os alunos que há leis que inviabilizam e intimidam práticas racistas,
em favor da boa convivência na diversidade. Uma sugestão de leitura prévia a
fim de preparar a conversa com eles é a Lei federal nº 10.639/2003.
Momento 4
– Assista com os alunos ao curta-metragem Vista
a minha pele, disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=LWBodKwuHCM>.
Acesso em: 31 jun. 2018. Trata-se de uma paródia da realidade brasileira, que
discute racismo e preconceito. Nessa história, os negros são a classe dominante
e os brancos foram escravizados. Maria é uma menina branca, pobre, que estuda
em um colégio particular graças a uma bolsa de estudos. A maioria de seus
colegas a hostiliza, com exceção de sua amiga, filha de diplomata, que morou em
países pobres e tem outra visão da sociedade. Maria quer ser “Miss Festa Junina” da escola, mas não é
fácil alcançar seus objetivos por conta do preconceito e do racismo da
sociedade.
Durante a exibição do filme, realize as intervenções
que achar necessárias ou anote questões para comentar e discutir com os alunos
após a exibição.
Momento 5 – Solicite aos alunos que façam um fichamento ou resumo do curta-metragem como tarefa, apontando as passagens em que eles perceberam relações de racismo e preconceito.
Aula 2
Gestão dos alunos: os alunos trabalharão coletivamente, com a mediação do professor.
Objetivos específicos de aprendizagem
·
Estimular uma reflexão crítica que potencialize
o respeito pela diversidade cultural, de gênero, de raça, de potencialidades e
de escolhas.
· Encorajar a tolerância ao próximo de modo a primar pela boa convivência no mesmo espaço/tempo e a enriquecer o aprendizado na diversidade cultural.
Recursos didáticos
Espaço físico: sala de
aula ou sala de multimídia
Materiais: lousa, caneta/giz para lousa, caderno e caneta
Desenvolvimento da aula
Momento 1
– Solicite aos alunos a tarefa que eles tinham para realizar. Na lousa, elabore
um quadro-
-síntese do curta-metragem assistido na aula anterior. Para preenchê-lo, dê voz
aos alunos.
Enredo do vídeo |
Síntese |
Trechos de preconceito e racismo |
Situação inicial: apresentação do cenário e das
personagens; ordem social existente. |
Resumir em tópicos. |
Apontamento de situações. Frases dos alunos que identifiquem o preconceito e o
racismo. |
Conflito: desequilíbrio ou ordem perturbada. |
Resumir em tópicos. |
Apontamentos de situações. Frases dos alunos que identifiquem o preconceito e o
racismo. |
Desfecho: desenlace ou ordem restabelecida, ou fim da
história. |
Resumir em tópicos. |
Apontamentos de situações. Frases dos alunos que identifiquem o preconceito e o
racismo. |
Momento 2 – Discuta e analise o quadro-síntese com os alunos, solicitando que eles estabeleçam relações de preconceito e racismo em seus espaços e tempos cotidianos, por exemplo, na aula de Educação Física. Saliente que, ainda hoje, a escola valoriza apenas a cultura do colonizador – eurocêntrica, masculina, branca, heterossexual e cristã. Estimule-os a refletir sobre as demais culturas e os conhecimentos que as crianças e os jovens trazem em sua bagagem. Questione: “Estaria havendo uma desvalorização ou uma desconsideração do que o Brasil possui por excelência – a diversidade ou pluralidade cultural?”; “E quanto aos afrodescendentes, eles têm vez e voz na sociedade?”. Auxilie-os, levando-os a perceber as relações de poder, exclusão e submissão do negro no Brasil desde o processo colonizador ocorrido no início da história do país. Conduza-os a estabelecer metas de convívio social guiadas pelo respeito às diferenças, de modo a repudiar a discriminação e o preconceito étnico aqui ressaltado. Finalize esse momento estabelecendo e mediando uma reflexão sobre esta frase do antropólogo e sociólogo francês Marcel Mauss: “O que nos faz iguais é nossa capacidade de nos diferenciarmos uns dos outros”. Comente que somos todos diferentes e que não é a cor da pele que nos fará melhores ou piores; somos apenas diferentes. E que bom podermos também nos manifestar de formas diferentes
Momento 3 – Solicite aos alunos que, inspirados no curta-metragem e
com base em suas próprias experiências e vivências, pesquisem músicas para a
próxima aula. Sugestão: "Racismo é burrice", música de Gabriel, o
Pensador. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=MDaB8muAANc>.
Acesso em: 31 jul. 2018. Solicite ainda que tragam suas pesquisas musicais para a próxima aula e que exercitem a composição de um rap, ou seja, que escrevam a letra de um rap inspirados na discussão e na reflexão sobre o preconceito e o racismo.
Aula
3
Gestão dos alunos:
alunos organizados em quartetos.
Objetivos específicos de aprendizagem
·
Favorecer o desenvolvimento de habilidades para
as danças urbanas e mais especificamente do estilo de dança freestyle.
·
Estimular uma reflexão crítica que potencialize
o respeito pela diversidade cultural, de gênero, de raça, de potencialidades e
de escolhas.
·
Estimular a aceitação de ideias criativas para a
elaboração de produções artístico-culturais na prática corporal dança, no
estilo freestyle.
· Encorajar a tolerância ao próximo de modo a primar pela boa convivência no mesmo espaço/tempo e a enriquecer o aprendizado na diversidade cultural.
Recursos didáticos
Espaço físico: sala
ampla sem móveis
Materiais: caderno, caneta, aparelho de som, mídias para músicas e câmeras gravadoras (celular)
Desenvolvimento da aula
Momento 1
– Organize os alunos em quartetos. Nos grupos, cada aluno deverá expor aos
companheiros sua composição rítmica/rap,
isto é, o texto ou a letra da música que ele compôs.
Momento 2
– Solicite que cada quarteto realize a edição das composições apresentadas,
formando apenas uma música a partir das quatro letras e dos ritmos
apresentados. Oriente-os a incluir um refrão repetitivo na música final.
Momento 3
– Peça aos alunos que gravem suas músicas. O registro é importante para não
esquecerem o ritmo e a letra. Estabeleça um período de 20 minutos para essa
atividade.
Momento 4
– Agora os alunos deverão sugerir um passo-base (ou seja, um movimento de dança
característico do freestyle, já
vivenciado em aulas anteriores ou inspirado no filme assistido) para acompanhar
o refrão da música. Estipule 10 minutos para essa tarefa.
Momento 5
– Solicite que componham gestos significativos para acompanhar outros momentos
do musical performático. Mais 10 minutos para essa atividade.
Momento 6
– Agora os alunos deverão gravar sua performance.
Estipule mais 10 minutos para a atividade.
Momento 7
– Todos os quartetos deverão partilhar suas composições coreográficas e
musicais, apresentando-se para os colegas. Grave a performance de todos.
Momento 8 – Promova um fechamento reflexivo, conversando com os alunos sobre o poder da arte e, em especial, sobre como é possível manifestar-se por meio do hip-hop. Ressalte o multiculturalismo que muitas vezes está oculto na escola. Comente que todos são iguais no que diz respeito ao direito de ser e estar na sociedade e que essa metodologia de estudo e aprendizagem é um exercício que pode ser diário, exercitando-se a tolerância, a aceitação do outro, a partilha. Lembre aos alunos que se faz necessário ouvir e que expor ideias e posicionamentos e formar novos conceitos é sinal de abertura e de bom convívio. É o exercício da cidadania que a escola tanto privilegia em sua fundamentação.
Acompanhamento da aprendizagem
Em cada aula, é importante estar atento ao processo
de ensino e aprendizagem. Quando necessário, ajuste diferentes maneiras de
abordar o mesmo assunto. A ação didática e pedagógica permite flexibilidade, de
modo que possamos nos expressar e propor metodologias de ensino e aprendizagem
a fim de atingir todos os alunos. Para tanto, propomos as seguintes ações:
·
Observe os alunos constantemente durante cada
atividade proposta.
·
Registre, em cada aula, os procedimentos dos
alunos, como se manifestaram, se foram participativos de modo geral e
particular, se houve comportamentos de apatia ou empatia em relação ao tema e à
atividade propostos.
·
Observe e verifique quem estabelece manifestação
oral dos conteúdos na dimensão conceitual e quem se manifesta mais
participativo na dimensão procedimental do conteúdo, mediante as vivências
propostas.
·
Observe as facilidades e dificuldades dos alunos
na exposição de ideias e conceitos que já trazem na bagagem, na tolerância e na
aceitação das manifestações orais e procedimentais/práticas ou expressivas dos
colegas de turma e na exploração das tecnologias como ferramentas de
aprendizado.
· Observe e verifique se os objetivos da sequência didática foram atingidos ou se há necessidade de aumentar o número de aulas para explorar o tema.
Para verificar o processo de ensino e aprendizagem, é
válido e importante que o próprio aluno faça suas considerações e se
autoavalie. Após o trabalho com a sequência didática, apresente aos alunos a
autoavaliação a seguir. Se preferir, reproduza as questões na lousa e peça que
as copiem e respondam.
AUTOAVALIAÇÃO |
SIM |
MAIS OU
MENOS |
NÃO |
Participei com atenção das atividades propostas? |
|
|
|
Expressei verbalmente e respeitei a opinião e as
formas de expressão rítmica dos meus colegas? |
|
|
|
Realizei com dedicação as tarefas propostas? |
|
|
|
Contribuí para a composição e a edição do rap e da coreografia? |
|
|
|
Se julgar oportuno, com os alunos em roda, proponha
estas reflexões:
·
Do que você mais gostou nessas três aulas? E do
que menos gostou?
·
O que achou do filme? Aprendeu novos conceitos
com ele? Ele contribuiu para uma reflexão sobre a liberdade de expressão, o
preconceito e o racismo?
·
Qual foi sua maior dificuldade durante essas
aulas? E a maior facilidade?
·
De um a dez, como você julga sua participação,
seu envolvimento e seu aprendizado nessas aulas?
Fonte: PNLD Moderna
Danças urbanas
Componente curricular: Educação Física Ano: 6º Bimestre: 1º
Sequência didática 1
Unidade temática |
Danças |
Objeto de conhecimento |
Danças
urbanas |
Danças urbanas
Apresentação
Esta sequência didática tem como objetivo que os
alunos participem e vivenciem ações pedagógicas relacionadas às danças urbanas,
mais especificamente ao freestyle,
presente na cultura hip-hop. Espera-se
que, após diversas experiências, os alunos analisem criticamente e valorizem as
danças urbanas como uma manifestação da cultura contemporânea.
Objetivos de aprendizagem
Objetivos gerais
·
Conhecer e valorizar as danças urbanas como uma
manifestação cultural relevante.
·
Experimentar e fruir as danças urbanas.
·
Experimentar gestos, espaços e ritmos das danças
urbanas.
· Diferenciar as danças urbanas de outras práticas.
Objeto de conhecimento/Habilidades
Danças urbanas
·
(EF67EF11)
Experimentar, fruir e recriar danças urbanas, identificando seus elementos constitutivos
(ritmo, espaço, gestos).
·
(EF67EF12)
Planejar e utilizar estratégias para aprender elementos constitutivos das
danças urbanas.
· (EF67EF13) Diferenciar as danças urbanas das demais manifestações da dança, valorizando e respeitando os sentidos e significados atribuídos a eles por diferentes grupos sociais.
Tempo previsto: 3 aulas
Aula
1
Gestão dos alunos: os alunos serão organizados num único
grupo, bem como dispostos em grupos, de acordo com as atividades propostas. O
professor será mediador nas discussões, bem como agente mobilizador na
construção dos conhecimentos dos alunos.
Objetivos específicos de aprendizagem
·
Reconhecer o freestyle
como um dos estilos de dança do hip-hop,
diferenciando-o das demais manifestações de dança urbana.
·
Experimentar e recriar elementos constitutivos das
danças urbanas (ritmos, espaço, gestos), por meio de vivências de percussão
corporal.
Recursos didáticos
Espaço físico: quadra,
pátio e/ou sala com recurso audiovisual e espaço adequado para a vivência dos alunos
Materiais: equipamento para projeção de
imagens e vídeos (projetor digital, computador) e/ou impressão de imagens
coloridas a fim de facilitar a visualização dos alunos e caixas de som
Desenvolvimento da aula
Momento 1
– Realize uma roda de conversa com os alunos, a fim de levantar os
conhecimentos prévios que eles têm referentes às danças urbanas. Procure
mobilizá-los com alguns questionamentos para discussão: “Vocês já ouviram falar
de dança urbana?”; “Alguém conhece um estilo de dança urbana?”. Procure ouvir
as falas dos alunos e, se possível, registre as respostas com o intuito de
retomarem alguma ideia ao longo das aulas.
Momento 2
– A fim de tornar a discussão mais interessante, tente projetar algumas imagens
ou, mesmo, apresentar imagens impressas de diversos estilos de dança. Pergunte
aos alunos se eles conseguem identificar as diferentes vertentes.
Momento 3
– Durante a análise das imagens, faça uma mediação buscando validar e/ou
corrigir as falas relacionadas ao material apresentado. Aponte que a proposta
das aulas será centrada no freestyle,
um dos estilos da street dance, que
faz parte do movimento hip-hop. Você
pode, também, contextualizar brevemente alguns conhecimentos referentes a essa
manifestação da cultura, por exemplo a nomenclatura dada aos dançarinos: B. Boy
ou B. Girl.
Momento 4
– Após todo esse estudo inicial, encaminhe os alunos para a seguinte questão:
“Existe alguma coisa que todas as danças têm em comum?”, ou mesmo: “O que há de
comum em todas as danças apresentadas?”. Explique que o ritmo, principalmente
nas coreografias em grupo, é um elemento essencial e que, convencionalmente,
faz-se uma contagem de 1 a 8 para marcar o tempo. Se possível, coloque uma
música utilizada no freestyle
(escolhida por você ou pelos próprios alunos) e solicite que eles identifiquem
e realizem tal marcação de tempo rítmico.
Momento 5
– Em seguida, você pode propor que os alunos produzam sons a partir de
diferentes partes do corpo. Primeiro, deixe-os explorar as diversas
possibilidades e, caso necessite, sugira alguns movimentos, tais como bater
palmas, bater a mão no peito, bater as mãos no quadríceps, bater os pés no
chão, estalar os dedos etc. Vale ressaltar que essa atividade é importante para
auxiliá-los na marcação rítmica.
Momento 6
– Após essa exploração de sons, disponha os alunos em grupos e solicite que
eles próprios criem uma sequência rítmica. A fim de direcionar melhor a
atividade, estipule um tempo mínimo de produção, como 2 ou 3 × 8 tempos.
Depois, eles poderão apresentar aos demais colegas a sequência elaborada.
Procure ressaltar que, para terem maior facilidade na realização dos movimentos
do freestyle em sequência, eles
precisarão, minimamente, ter uma noção de marcação de tempo rítmico e que nas
próximas aulas vão vivenciar múltiplas possibilidades de gestos relacionados a
essa prática corporal.
Aula
2
Gestão dos alunos: os alunos serão organizados num único
grupo, bem como dispostos em grupos, de acordo com as atividades propostas. O
professor será o mediador nas discussões, bem como agente mobilizador na
construção dos conhecimentos dos alunos.
Objetivos específicos de aprendizagem
·
Conhecer e valorizar as danças urbanas como uma
manifestação cultural relevante, analisando os estereótipos atribuídos aos
praticantes.
·
Experimentar gestos, espaços e ritmos das danças
urbanas, em diferentes planos (baixo, médio e alto).
Recursos didáticos
Espaço físico: quadra,
pátio e/ou sala com recurso audiovisual e espaço adequado para a vivência dos
alunos
Materiais: equipamento para projeção de
imagens e vídeos (projetor digital, computador) e/ou impressão de imagens
coloridas a fim de facilitar a visualização dos alunos e caixas de som
Desenvolvimento da aula
Momento 1
– Proponha a visualização de uma ou mais coreografias de freestyle. Algumas boas opções são: Grupo Jabbawockeez, disponível
em: <https://www.youtube.com/watch?v=Cj3AV92fJ90>;
Brasil versus Japão no Campeonato
Mundial de street dance, disponível
em: <https://www.youtube.com/watch?v=4iYkTHE5qwo>,
e Batalha de B. Girls, disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=52BtvpXzX1I>.
Acessos em: 30 jun. 2018.
Verifique se os alunos conhecem ou se familiarizam
com essa prática. Visando aprofundar os conhecimentos, você pode direcionar a
discussão por meio de questões como: “Quem são os praticantes?”; “Como eles
estão vestidos?”; “Existe algum padrão de movimento?”; “O que mais lhe chama a atenção
ao ver essa dança?”.
Momento 2
– Procure atentar às falas dos alunos, registrando as respostas mais
relevantes. Você pode contextualizar e discutir alguns estereótipos e
preconceitos relacionados aos praticantes dessa manifestação, enfatizando que
qualquer pessoa pode praticá-la e que ela precisa ser respeitada, assim como
outra prática corporal qualquer. Ao analisar a dança em si, leve os alunos a
observar como ela é dinâmica e expressiva e como os B. Boys e/ou as B. Girls
ocupam os espaços e realizam vários movimentos no chão, em pé e até saltos e
acrobacias.
Momento 3
– Após essa discussão inicial, proponha a experimentação de alguns passos
básicos desse estilo de dança, os quais deverão passar pelos diferentes planos
(baixo, médio e alto) ao longo das aulas. Com base em vídeos, imagens, em uma
representação do professor ou mesmo de um aluno que queira servir de modelo,
solicite que realizem o primeiro passo, voltado ao plano médio.
Passo a passo:
Com os alunos em círculo ou de frente para você,
solicite que realizem os seguintes movimentos:
·
Em pé, com as pernas unidas, primeiro eles
deverão afastar lateralmente a perna direita e, em seguida, levar a perna
esquerda junto da outra.
·
Da mesma forma, deverão afastar a perna esquerda
e, em seguida, levar a perna direita a se unir à outra.
Proponha, inicialmente, que os alunos realizem os
movimentos na contagem realizada por você ou por um aluno, a fim de facilitar a
execução do gesto.
Momento 4
– Com os alunos já familiarizados com o passo básico, é possível elaborar
variações.
Passo a passo:
·
Em pé, com as pernas unidas, eles deverão
afastar a perna direita em diagonal (para a frente ou para trás) e, em seguida,
levar a perna direita a se unir com a outra.
·
Seguindo o passo básico, afastarão a perna
esquerda em diagonal (para a frente ou para trás) e, depois, levarão a perna direita
a se unir com a outra.
Momento 5
– Com os alunos, elabore uma sequência de movimentos com os passos vistos até
aqui. Caso estejam realizando a atividade com certa facilidade, proponha uma
palma no momento em que eles unirem as pernas. A fim de tornar a vivência dos
passos ainda mais prazerosa, coloque uma música para, assim, desfrutarem dos
movimentos numa marcação de tempo.
Momento 6
– Realizadas as diferentes possibilidades do passo básico inicial, convide os
alunos a vivenciar movimentos no plano alto, os quais também observarão uma
sequência para facilitar a compreensão deles.
Passo a passo:
Com os alunos em círculo ou de frente para você, eles
deverão realizar os seguintes movimentos:
·
Em pé, com as pernas unidas, solicite que, primeiro,
afastem lateralmente a perna direita. Ao mesmo tempo, eles deverão levantar os
braços, estendendo-os acima da cabeça.
·
Em seguida, deverão levar a perna esquerda para
trás da perna direita, com um movimento em diagonal da perna esquerda. Solicite
que, ao mesmo tempo que realizam esse gesto, abaixem os braços levando as mãos
ao lado do corpo.
·
Do mesmo modo, eles deverão fazer o mesmo
movimento para o lado esquerdo, logo na sequência, ou seja, devem afastar
lateralmente a perna esquerda e levar os braços estendidos acima da cabeça.
·
Depois, solicite que levem a perna direita para
trás da perna esquerda, abaixando os braços, com as mãos ao lado do corpo.
Proponha aos alunos que, inicialmente, realizem os
movimentos na sua contagem ou na de um aluno, para facilitar a execução dos
gestos.
Momento 7
– Assim que os alunos assimilarem o passo, é possível aumentar o grau de
dificuldade do movimento.
Passo a passo:
·
Seguindo a base inicial do passo, proponha que,
ao afastarem lateralmente a perna direita, realizem um pequeno salto. Lembre-os
de que, com os movimentos, deverão estender os braços acima da cabeça.
·
Na sequência, novamente deverão levar a perna
esquerda para trás da perna direita, fazendo um movimento em diagonal daquela
perna. Diferentemente do passo inicial, os alunos poderão experimentar
variações no movimento dos braços e das mãos, podendo, por exemplo, abaixar os
braços e estalar os dedos; apontar os dedos para alguma direção; cruzar os
braços, entre outras possibilidades.
Momento 8
– Com os alunos, elabore uma sequência de movimentos com os passos vivenciados
(planos médio e alto). Lembre-se de que você pode utilizar músicas a fim de
tornar a vivência dos passos ainda mais significativa e, assim, permitir que os
alunos desfrutem dos movimentos numa marcação de tempo.
Momento 9
– Realizadas as vivências de passos nos planos médio e alto, proponha uma
experiência no plano baixo, isto é, com movimentos de chão.
Passo a passo:
Com os alunos em círculo ou de frente para você, eles
deverão realizar os seguintes movimentos:
·
Sentados no chão, solicite que apoiem os pés no
solo, ficando com os joelhos e o quadril flexionados. Eles deverão colocar,
também, as palmas das mãos no chão, ao lado do corpo, de modo que os braços
fiquem estendidos.
·
A partir dessa posição inicial, solicite que
levantem o quadril e retirem o glúteo do chão, permanecendo com 4 apoios no
solo. Em seguida, proponha que estendam uma das pernas, retirando-a do chão,
permanecendo, então, em 3 apoios.
·
Desafie-os a se colocar em 2 apoios, na medida
do possível, ficando apenas com 1 mão e 1 pé em contato com o chão. De
preferência, eles devem ficar com membros alternados no chão, ou seja, mão
direita com pé esquerdo, e vice-versa.
Momento 10
– Novamente, com os alunos, elabore uma sequência de movimentos com os passos
vivenciados até aqui (planos baixo, médio e alto). Vale lembrar que você pode
utilizar músicas a fim de tornar a vivência dos passos ainda mais atrativa e,
assim, permitir que os alunos desfrutem dos movimentos numa marcação de tempo.
Aula
3
Gestão dos alunos: os alunos serão dispostos em grupos, de
acordo com as atividades propostas. O professor será o mediador nas discussões,
bem como agente mobilizador na construção dos conhecimentos dos alunos.
Objetivos específicos de aprendizagem
·
Experimentar e fruir as danças urbanas, por meio
da construção coletiva de coreografias.
·
Valorizar as danças urbanas, respeitando o fato
de qualquer indivíduo poder dançá-las, independentemente de suas
características físicas.
Recursos didáticos
Espaço físico: quadra,
pátio e/ou sala com recurso audiovisual e espaço adequado para a vivência dos
alunos
Materiais: equipamento para projeção de
imagens e vídeos (projetor digital, computador) e/ou impressão de imagens
coloridas para facilitar a visualização dos alunos e caixas de som
Desenvolvimento da aula
Momento 1
– Numa roda de conversa, dialogue com os alunos sobre as impressões que eles
tiveram na experimentação dos passos básicos relacionados ao freestyle. Pergunte-lhes, considerando
que se trata de um “estilo livre”, se não é possível inserirmos nesse estilo
gestos e ações do cotidiano; por exemplo, simular gestos esportivos como pular
corda, quicar uma bola, “pedalar” sobre uma bola, bater com um taco de golfe,
realizar rolamentos e cambalhotas, saltar um obstáculo, entre outros
movimentos.
Momento 2
– Organize os alunos em grupos e sugira que criem uma sequência coreográfica de
movimentos. Avise que eles podem retomar os passos e gestos apresentados nas
aulas anteriores. Para direcionar melhor a atividade, estipule um tempo mínimo
de produção, como 2 ou 3 × 8 tempos. Em seguida, eles poderão apresentar aos
demais colegas a sequência elaborada. Lembre-se de que o recurso da música é
uma estratégia interessante para tornar a vivência mais instigante para os
alunos.
Momento 3
– Concluídas as apresentações dos grupos, como proposta de atividade final você
pode sugerir a produção de um videoclipe, filmado e editado pelos próprios
alunos. Tente retomar algumas questões abordadas com eles, a fim de auxiliá-los
no conteúdo da produção, como os principais passos, a ocupação dos espaços, as
características dos movimentos etc.
Acompanhamento da aprendizagem
Ao longo das aulas, é importante que você esteja
atento para notar determinados aspectos que podem levar a aprendizagens dos
alunos:
·
Observe os alunos em cada uma das atividades
propostas.
·
Faça um registro sobre cada aluno e, a cada
encontro, anote seu desenvolvimento no decorrer da atividade.
·
Durante os momentos de conversa, observe os
processos de cada um, verificando se houve apropriação da linguagem oral para a
realização de comentários sobre as vivências propostas.
·
Observe as questões conceituais, notando se
houve aprendizagem garantida dos alunos.
·
Verifique se os objetivos de cada aula foram
atingidos no tempo proposto por você.
Após o trabalho com a sequência didática, apresente aos
alunos a autoavaliação a seguir. Se preferir, reproduza as questões na lousa e
peça que as copiem e respondam.
AUTOAVALIAÇÃO |
SIM |
MAIS OU
MENOS |
NÃO |
Participei com empenho das atividades propostas? |
|
|
|
Respeitei a opinião e as formas de expressão dos meus
colegas? |
|
|
|
Compreendi que o freestyle
é diferente de outras danças urbanas? |
|
|
|
Colaborei para a construção e a organização das
coreografias? |
|
|
|
Se considerar oportuno, proponha as seguintes
reflexões com os alunos em roda:
·
O que você considera ter aprendido nessas aulas?
·
Quais eram suas expectativas em relação às
danças urbanas na escola?
·
Mencione uma ou mais atividades de que você mais
gostou. Explique.
·
Do que você não gostou nas aulas? Ou o que você
proporia de diferente para ser feito durante as aulas?
·
Como você julga sua participação e seu
envolvimento nas aulas? E a participação de seus colegas?