Sequência didática |
Arte de construir: a arquitetura indígena
Nesta sequência, será abordada a arquitetura indígena brasileira, suas características e sua diversidade. Além disso, os alunos vão observar e identificar as diferenças entre as construções arquitetônicas.
A BNCC na sala de aula
Objetos de conhecimento |
Artes Visuais Elementos de linguagem Materialidades Processos de criação Artes Integradas Patrimônio cultural |
Competências específicas |
1. Explorar, conhecer, fruir e analisar criticamente
práticas e produções artísticas e culturais do seu entorno social, dos povos
indígenas, das comunidades tradicionais brasileiras e de diversas sociedades,
em distintos tempos e espaços, para reconhecer a arte como um fenômeno
cultural, histórico, social e sensível a diferentes contextos e dialogar com
as diversidades. 3. Pesquisar e conhecer distintas matrizes estéticas e
culturais – especialmente aquelas manifestas na arte e nas culturas que constituem a
identidade brasileira –, sua tradição e manifestações contemporâneas,
reelaborando-as nas criações em Arte. |
Habilidades |
Artes Visuais (EF69AR04) Analisar os elementos constitutivos das artes
visuais (ponto, linha, forma, direção, cor, tom, escala, dimensão, espaço,
movimento etc.) na apreciação de diferentes produções artísticas (EF69AR05) Experimentar e analisar diferentes formas de
expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura,
escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, performance etc.). (EF69AR06) Desenvolver processos de criação em artes
visuais, com base em temas ou interesses artísticos, de modo individual,
coletivo e colaborativo, fazendo uso de materiais, instrumentos e recursos
convencionais, alternativos e digitais. Artes Integradas (EF69AR34) Analisar e valorizar o patrimônio cultural,
material e imaterial, de culturas diversas, em especial a brasileira,
incluindo suas matrizes indígenas, africanas e europeias, de diferentes
épocas, e favorecendo a construção de vocabulário e repertório relativos às
diferentes linguagens artísticas. |
Objetivos de aprendizagem |
Conhecer alguns exemplos de construções arquitetônicas
indígenas. Compreender as relações entre a forma e a função na
arquitetura indígena |
Conteúdos |
Gêneros da arquitetura indígena brasileira. Diferenças entre as construções arquitetônicas. |
Diário de Arte
Materiais e recursos
Imagens das diversas construções arquitetônicas indígenas.
Projetor de imagens ou computador.
Canetinhas coloridas ou lápis de cor.
Papel milimetrado.
Materiais recicláveis para a construção da maquete (papelão, tampa de garrafa, jornal, palitos, entre outros).
Suporte para a construção da maquete (pode ser um papelão bem firme, uma placa de isopor, um pedaço de MDF, entre outros).
Cola e tesoura.
Desenvolvimento
Quantidade de aulas: 4 aulas.
Aula 1
Para iniciar a aula, conversar com os alunos para explorar os conhecimentos prévios deles sobre as várias construções arquitetônicas indígenas. Por ser uma atividade para sondagem, não há necessidade de cobrar respostas corretas; o mais importante é que os alunos consigam expressar suas ideias; para isso, estimular a participação de todos. Fazer indagações de modo a auxiliá-los na ampliação de seus conhecimentos: “Alguém já viu ou já foi a uma aldeia indígena?” “Na sua opinião, todas as moradias indígenas são iguais?”; “De que materiais você acha que são feitas as moradias indígenas?”.
Em seguida, organizar os alunos em grupos e explicar a eles que vão conhecer um pouco mais sobre a arquitetura indígena. Promover a exibição de imagens da diversidade arquitetônica indígena, aproveitando para falar um pouco sobre o povo e a região a que pertence cada tipo de construção. Por exemplo: os Carajá (que ocupavam as margens do rio Araguaia) e construíam suas moradias a partir de arcos paralelos fincados no chão; os Xingu (fixados no Centro-Oeste do Brasil), que construíam moradias mais interessantes, fazendo referência ao corpo de um animal; os Xavante (encontrados na região central do país), com construções com base circular e cumeeira apontada para cima com galhos, troncos, palhas e barro. Alguns documentos que podem ser utilizados nesta etapa da atividade (inclusive como referência e consulta para elaboração de desenhos e maquetes) são:
ARQUITETURA indígena no Brasil. Disponível em: <http://www.caurn.gov.br/?p=10213>. Acesso em: 5 out. 2018.
ALMEIDA F. W.; YAMASHITA, A. C. Arquitetura indígena. Revista de Ciências Exatas e da Terra Unigran, v. 2, n. 2, 2013. Disponível em: <http://www.unigran.br/ciencias_exatas/conteudo/ed3/artigos/02.pdf>. Acesso em: 5 out. 2018.
Depois da visualização das imagens e das questões do debate, pedir aos alunos que, já em grupos, iniciem, em seu Diário de Arte, desenhos livres, com traços simples, representando as moradias indígenas que conheceram. O tempo de 15 minutos é suficiente para a execução dos desenhos. A proposta é que o desenho possa ser representativo da arquitetura indígena, o que não impede que os alunos usem sua criatividade e imaginação. Esses desenhos serão utilizados para a posterior produção de uma maquete.
Aula 2
Para iniciar a aula, organizar novamente os alunos nos mesmos grupos da aula anterior e retomar as características das várias construções arquitetônicas indígenas, relacionando-as com seu povo e região, fazendo indagações e anotando na lousa as respostas obtidas. Apresentar mais imagens de exemplos arquitetônicos indígenas.
Giorgio Caracciolo/Shutterstock.com
Imagem de aldeia indígena.
waldir bolívar/Shutterstock.com
Oca em reserva indígena.
Michel Piccaya/Shutterstock.com
Oca com cobertura de sapé em tribo indígena.
Nesta etapa da aula, pode-se aproveitar para falar sobre o processo de hierarquização social e cultural e indígena, bem como sobre o uso das construções pelos integrantes da aldeia, quantas famílias cada construção abriga, se há alguma divisão entre o espaço ocupado por diferentes famílias, entre outros tópicos. Essa análise deve ser estimulada através das imagens e da formulação de questões que instiguem os alunos a refletirem sobre a sociedade indígena, para a futura construção da maquete. É importante que os alunos compreendam que as construções variam em forma e material de acordo com as necessidades de cada povo e a região em que vivem.
Solicitar aos alunos que tragam para a próxima aula os materiais recicláveis para iniciar a execução de uma maquete de uma construção indígena, além do suporte para a maquete, cola, tesoura, entre outros materiais que julgar necessário.
Aula 3
Pedir que os alunos retomem a organização dos grupos já estipulados para que discutam as ideias de seus projetos de maquete, qual estrutura arquitetônica indígena pretendem representar, que materiais vão utilizar, entre outros pontos. Procure orientá-los em relação às etapas do processo: devem desenhar, pesquisar sobre o povo indígena escolhido e esquematizar a maquete. Tendo essas etapas concluídas, os grupos podem iniciar a construção da maquete (que será concluída na próxima aula).
Aula 4
As maquetes e os desenhos feitos na fase de elaboração do trabalho podem ser expostos não só para a classe, mas também para toda a comunidade escolar. Destacar que para a maquete fazer sentido para quem não estudou sobre as construções indígenas é preciso criar legendas para os elementos que compõem o trabalho. A última fase do trabalho é organizar a exposição, o que deve ser feito coletivamente.
Para trabalhar dúvidas
Para facilitar a construção da maquete, apresentar aos alunos o vídeo Conversa com o pesquisador: José Portocarrero (Arquitetura), da UFMT Ciência, um programa da TV Universidade (TVU).
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=-yy9c3rMkOE&t=486s>. Acesso em: 5 out. 2018.
Ampliação
Em sala de aula, retomar com os alunos o processo vivido e conversar sobre o problema das garantias do direito do território indígena. Propor debates e expressão de opinião. Pode-se também promover a exibição de imagens de fotógrafos que documentam (ou documentaram) a vida indígena, abordando assim o olhar de fora (nós) e o do próprio povo indígena. O site O índio na fotografia brasileira traz rico conteúdo de fotógrafos de épocas diversas. (Disponível em: <http://povosindigenas.com/indice/>. Acesso em: 5 out. 2018.)
Fonte: PNLD
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