Sequência didática |
O que (provavelmente) são ETs?
Nesta sequência didática, serão abordados conceitos relativos à vida fora da Terra, bem como dificuldades associadas a viagens espaciais tripuladas.
A BNCC na sala de aula
Objeto de conhecimento | Vida humana fora da Terra. |
Competências específicas de Ciências da Natureza | 1. Compreender as Ciências da Natureza como empreendimento humano, e o conhecimento científico como provisório, cultural e histórico. 2. Compreender conceitos fundamentais e estruturas explicativas das Ciências da Natureza, bem como dominar processos, práticas e procedimentos da investigação científica, de modo a sentir segurança no debate de questões científicas, tecnológicas, socioambientais e do mundo do trabalho, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. 3. Analisar, compreender e explicar características, fenômenos e processos relativos ao mundo natural, social e tecnológico (incluindo o digital), como também as relações que se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade para fazer perguntas, buscar respostas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das Ciências da Natureza. |
Habilidades | (EF09CI16) Selecionar argumentos sobre a viabilidade da sobrevivência humana fora da Terra, com base nas condições necessárias à vida, nas características dos planetas e nas distâncias e nos tempos envolvidos em viagens interplanetárias e interestelares. |
Objetivos de aprendizagem | Discutir questões relativas à vida extraterrestre. Conhecer ambientes e organismos extremófilos. Ponderar sobre dificuldades associadas a viagens espaciais. |
Conteúdos | Astrobiologia. Viagens espaciais. |
Materiais e recursos
Materiais para anotação.
Computadores com internet.
Desenvolvimento
Quantidade de aulas: 2.
Aula 1
Iniciar a aula separando os alunos em pequenos grupos. Eles deverão responder a algumas perguntas (que serão discutidas em sala na aula seguinte). O intuito deste questionário é incentivar os alunos a refletirem sobre o significado de vida extraterrestre.
1. O que é vida? Como vocês a definiriam?
2. O que é necessário para a vida?
3. Qual é a forma de vida mais complexa que vocês conhecem? E a mais simples?
4. Quais são as regiões mais difíceis e/ou extremas em que há vida na Terra? Por quê?
5. Quais formas de vida habitam essas regiões?
6. Façam um desenho de uma forma de vida extraterrestre que vocês imaginam ser possível existir.
Em formato de roda, realizar uma discussão coletiva acerca das respostas. Questionar diferentes grupos sobre suas respostas e dirigir a discussão introduzindo os conceitos corretos (caso não sejam apontados pelos grupos).
Alguns pontos são essenciais e devem aparecer durante a discussão. O primeiro deles é o de que não há uma resposta correta para a pergunta 1. Existem diferentes interpretações, oriundas de diferentes áreas do conhecimento, e todas têm a sua validade. O segundo ponto é que as características necessárias para a vida são subjetivas a cada forma de vida. Por exemplo, nós necessitamos de oxigênio tanto quanto plantas necessitam de luz solar, ao passo que alguns organismos unicelulares não necessitam nem de um nem de outro. Outro ponto é a importância do estudo de locais "extremos" da Terra e o tipo de organismo que vive ali, os extremófilos. Esses locais abrigam condições extremas e que podem ser parecidas com a de ambientes encontrados em outros planetas. Deve-se exemplificar alguns astros com possibilidade de vida, como Marte e Europa (lua de Júpiter), que possuem água subterrânea. Por fim, espera-se que os grupos desenhem seres extraterrestres na questão 6 de acordo com o que veem na TV. Deve-se discutir que a maior probabilidade é que se encontrem seres simples, como bactérias e não seres como os retratados em filmes. Pode-se, por exemplo, solicitar que alguns grupos reproduzam seus desenhos na lousa antes de discutir essa questão.
Ao final da aula, solicitar, como dever de casa, que os alunos pesquisem curiosidades e informações sobre viagens espaciais.
Sugestão de referência para contextualização teórica:
CLIQUE CIÊNCIA: quais são as condições para existir vida em outro planeta? UOL, 11 fev. 2014. Disponível em: <https://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2014/02/11/clique-ciencia-quais-sao-as-condicoes-para-existir-vida-em-outro-planeta.htm>. Acesso em: 20 nov. 2018.
MARTINS, Evelyn Cristine de Freitas Marques; VASCONCELOS, Fredson de Araujo. Extremófilos: tipos, propriedades, zona de habitabilidade extrema. Disponível em: <https://www1.univap.br/spilling/AB/Aula_16%20Extremofilos.pdf>. Acesso em: 20 nov. 2018.
Aula 2
Em forma de roda, iniciar uma discussão com a turma sobre o que seria necessário para realizar uma viagem espacial e colonizar Marte, local mais próximo da Terra com possibilidade de existir vida. Solicitar que os alunos expressem suas ideias e o que pesquisaram como dever de casa, anotando-as na lousa em forma de tópicos. O intuito desta discussão é ponderar as dificuldades relacionadas às viagens espaciais. Exemplos de tópicos a serem considerados: segurança e treinamento dos passageiros, tempo de viagem, longa distância, alimentação e respiração em Marte, tempo de duração da viagem, quantidade de combustível necessária, transporte de materiais de construção, custos associados a todo o processo etc. Cabe ao docente inserir informações de modo a incentivar a reflexão nos alunos em vez de simplesmente fornecer informações.
Após essa conversa inicial, organizar os alunos e grupos para que se aprofundem sobre o tema em discussão. Os grupos devem pesquisar, na internet ou em materiais impressos previamente separados pelo professor, temas como:
Higiene dentro da cabine do ônibus espacial.
Armazenamento de água no ônibus espacial.
Alimentação durante a viagem.
Efeitos da ausência de gravidade no corpo.
Treinamento e preparação dos astronautas.
Outros tópicos podem ser inseridos pelo docente para direcionar a pesquisa.
Ao final, pode-se realizar o fechamento com uma discussão a respeito dos temas pesquisados. Podem-se abordar sugestões de filmes sobre o assunto e curiosidades etc. A tabela a seguir pode ser reproduzida na lousa como comparação ao serem abordados o tempo e a distância das viagens espaciais.
Viagem tripulada | Distância | Tempo de duração |
Porto Alegre (RS) - Boa Vista (RR) | 3 800 km | 5 h (800 km/h) |
Los Angeles (EUA) - Singapura (SIN) | 14 000 km | 18 h (800 km/h) |
Terra - Lua | 384 000 km | ~3 dias (ano de 1969) |
Terra - Marte | Variável de acordo com as órbitas dos planetas | - |
Sugestão de contextualização teórica
GNIPPER, Patrícia. Estas são as naves que um dia levarão turistas e astronautas ao espaço. Canal Tech, 9 ago. 2018. Disponível em: <https://canaltech.com.br/espaco/essas-sao-as-naves-que-um-dia-levarao-turistas-e-astronautas-ao-espaco-119824/>. Acesso em: 20 nov. 2018. Artigo de divulgação científica sobre as naves que serão utilizadas nas viagens interespaciais.
LEITE, Rogério. 20 de julho de 1969: um grande salto para a humanidade! Apolo 11 40 anos. Disponível em: <https://www.apolo11.com/homem_na_lua.php>. Acesso em: 24 nov. 2018. Artigo de divulgação científica sobre a chegada do ser humano na Lua.
MOREIRA, Isabela. Como os astronautas tomam banho no espaço? Revista Galileu, 24 ago. 2015Disponível em: <https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2015/08/como-os-astronautas-tomam-banho-no-espaco.html>. Acesso em: 20 nov. 2018. Artigo de divulgação científica sobre a higiene dos astronautas.
O QUE OS Astronautas comem. Blog da Biblioteca da FSP/USP, 16 abr. 2012. Disponível em: <http://www.biblioteca.fsp.usp.br/blog/index.php/2012/04/16/o-que-os-astronautas-come/>. Acesso em: 20 nov. 2018. Artigo de divulgação científica sobre a alimentação dos astronautas.
PERDIDO em Marte: trailer do filme. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=QVX5DSzRn14>.
QUANTO custa construir um ônibus espacial? E lançá-lo ao espaço? Disponível em: <https://www.terra.com.br/noticias/educacao/infograficos/onibus-espaciais/onibus-espaciais-01.htm>. Acesso em: 20 nov. 2018. Infográfico sobre ônibus espaciais.
WESTPHAL, Cristian Reis. Quanto tempo é preciso para chegar a Marte? SustentaHabilidade, 15 set. 2018. . Disponível em: <http://sustentahabilidade.com/quanto-tempo-e-preciso-para-chegar-a-marte/>. Acesso em: 20 nov. 2018. Artigo de divulgação científica sobre o tempo necessário para viajar até Marte
Para trabalhar dúvidas
Em momentos de trabalho em grupo deve-se deixar que os alunos auxiliem uns aos outros. É importante estimular o debate entre eles para que aprendam a expressar suas dúvidas e selecionar argumentos, construindo assim um raciocínio em direção à resposta, em vez de recorrer sempre ao professor. O professor pode intermediar e direcionar a discussão, sem revelar a resposta. É fundamental estimular a reflexão e o raciocínio crítico dos alunos.
Avaliação
A avaliação faz parte de todo o processo, considerar a postura de trabalho individual do aluno em relação ao grupo, a participação, os argumentos, o respeito aos colegas. Incentivar os debates e a participação de todos.
Avaliar também a postura individual do aluno nas discussões em roda, sempre promovendo perguntas, de modo a garantir que os alunos mais tímidos se expressem e tirem suas dúvidas.
Ampliação
Aproveitando a temática "viagem ao espaço", seria interessante realizar uma oficina de construção de foguetes com os alunos e a comunidade escolar. Pode-se combinar um ponto de encontro para realizar a oficina.
Os foguetes podem ser construídos com materiais comuns e baratos, ou recicláveis, e o procedimento de montagem é relativamente simples.
Materiais:
Vinagre.
Bicarbonato de sódio.
Tesouras com pontas arredondadas.
Garradas PET (duas grandes e de mesmo tamanho por foguete).
Cartolina ou papel-cartão.
Fita adesiva.
Barbante ou linha equivalente.
Régua.
Canetas/lápis.
Rolhas.
Devem-se tomar medidas de segurança para que o vinagre utilizado não entre em contato com os olhos durante o lançamento do foguete.
FOGUETE caseiro de vinagre e bicarbonato de sódio. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=5MdUyZwaFfQ>. Acesso em: 20 nov. 2018.
Fonte: PNLD
0 Comments:
Postar um comentário