Sequência didática |
Aprendendo com as estrelas
Nesta sequência didática, serão abordados conceitos relativos ao ciclo de vida estelar e algumas relações entre Astronomia e diferentes necessidades antropológicas.
A BNCC na sala de aula
Objetos de conhecimento | Evolução estelar. Astronomia e cultura. |
Competências específicas de Ciências da Natureza | 1. Compreender as Ciências da Natureza como empreendimento humano, e o conhecimento científico como provisório, cultural e histórico. 2. Compreender conceitos fundamentais e estruturas explicativas das Ciências da Natureza, bem como dominar processos, práticas e procedimentos da investigação científica, de modo a sentir segurança no debate de questões científicas, tecnológicas, socioambientais e do mundo do trabalho, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. |
Habilidades | (EF09CI17) Analisar o ciclo evolutivo do Sol (nascimento, vida e morte) baseado no conhecimento das etapas de evolução de estrelas de diferentes dimensões e os efeitos desse processo no nosso planeta. (EF09CI15) Relacionar diferentes leituras do céu e explicações sobre a origem da Terra, do Sol ou do Sistema Solar às necessidades de distintas culturas (agricultura, caça, mito, orientação espacial e temporal etc.). |
Objetivos de aprendizagem | Conhecer o processo evolutivo das estrelas. Compreender a relevância das observações astronômicas em diferentes contextos. |
Conteúdos | Ciclo de vida estelar. Observação do céu. |
Materiais e recursos
Materiais para anotação.
Desenvolvimento
Quantidade de aulas: 2.
Aula 1
Realizar uma aula expositivo-dialogada a respeito do ciclo de vida das estrelas, relacionando-o com o nosso Sol. É interessante retomar alguns conceitos de 6 e 7 anos envolvendo a noção de tempo geológico, ou seja, de que as mudanças que ocorrem no Sol (e que se refletem na Terra) ocorrem em uma escala de tempo diferente da nossa. Pode-se, por exemplo, desenhar uma linha do tempo na lousa representando a evolução de uma estrela e comparar o tempo necessário em vidas humanas para cada etapa dessa evolução.
Após essa conversa inicial, organizar a turma em grupos de quatro alunos e distribuir cópias do texto a seguir:
D'ALAMA, Luana. Equipe da USP ajuda a descobrir mais velha estrela 'gêmea' do Sol. G1, 28 ago. 2013. Disponível em: <http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/08/equipe-da-usp-ajuda-descobrir-mais-velha-estrela-gemea-do-sol.html>. Acesso em: 20 nov. 2018.
Os grupos devem realizar a leitura e anotar os principais tópicos do texto. Algumas perguntas podem direcionar a leitura, como:
1. Qual foi a estrela gêmea do Sol? Por que foi denominada assim?
Resposta: A Hipparcos 102152 (ou HIP 102152) fica a 250 anos-luz de distância da Terra, na constelação de Capricórnio. Foi assim denominada por ter características parecidas com as do Sol e ter planetas rochosos como Mercúrio, Vênus, Terra e Marte em sua órbita.
2. Por que os cientistas querem descobrir outras estrelas gêmeas do Sol?
Resposta: Para estudarem a dinâmica do envelhecimento solar.
3. Qual a importância do lítio para o entendimento do envelhecimento solar?
Resposta: À medida que uma estrela envelhece, sua temperatura aumenta e isso também favorece que o lítio se dissipe. Então, ao estudar o lítio nas estrelas, é possível saber sobre seu envelhecimento.
Em seguida, exibir os vídeos sugeridos a seguir sobre os ciclos estelares. Podem ser exibidos ou selecionados alguns deles:
ASTRONOMIA: nascimento, vida e morte das estrelas. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=ZMKjm41mwJk>. Acesso em: 20 nov. 2018.
COMO AS estrelas nascem e morrem? Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=vyRIh5SbKqk>. Acesso em: 20 nov. 2018.
VIAGEM pelo universo: a vida de uma estrela. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=v0s5J4U8L9s>. Acesso em: 20 nov. 2018.
Após a exibição, organizar uma roda de conversa com as questões sobre o texto e o conteúdo dos vídeos. É importante também sempre interagir com os alunos, questionando-os sobre suas opiniões e dúvidas.
Sugestão para leitura
TOLEDO, Luiza. Nasce e morre uma estrela: entenda o ciclo de vida estelar! A Ciência Explica, 14 set. 2018. Disponível em: <http://www.cienciaexplica.com.br/artigos/astronomia/ciclo-de-vida-estrelas/>. Acesso em: 20 nov. 2018.
Aula 2
Iniciar a aula retomando os conteúdos abordados na aula anterior e questionar os alunos: que informações úteis nós podemos obter ao olhar para o céu? Em que contextos elas seriam úteis?
Separar os alunos em pequenos grupos para que pesquisem, na internet ou em materiais impressos previamente separados pelo professor, e proponham relações entre as posições dos astros (visíveis a olho nu) e as diferentes necessidades de quem está olhando para o céu. Para as pesquisas, alguns tópicos podem ser pontuados, como as sugestões a seguir. Reservar 15 minutos para esta etapa.
Sugestões de tópicos para pesquisa e discussão
Agricultura - muitas civilizações associavam (e ainda hoje associam) posições de astros e os ciclos lunares à época correta de plantio e colheita. Isso está relacionado diretamente com as estações do ano e o clima.
Caça - muitos animais apresentam comportamentos relacionados às diferentes fases da Lua ou aos horários do dia. Um caçador que tenha conhecimento desses comportamentos terá mais chances de ser bem-sucedido.
Orientação - é possível estimar o tempo a partir da posição do Sol ou da Lua no céu. Além disso, é possível também estimar os pontos cardeais a partir da observação da movimentação do Sol ou da posição de diferentes estrelas no céu.
Sugestão de sites para pesquisa
ASTRONOMIA ON-LINE. A Astronomia da antiguidade. Disponível em: <http://www.ccvalg.pt/astronomia/historia/antiguidade.htm>. Acesso em: 20 nov. 2018.
CENTRO DE DIVULGAÇÃO DA ASTRONOMIA. Disponível em: <http://www.cdcc.sc.usp.br/cda/ensino-fundamental-astronomia/index.html>. Acesso em: 20 nov. 2018. Inclui informações de orientação espacial.
CORRÊA, Iran Carlos Stalliviere. História da Astronomia. Disponível em: <http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/arquivos/File/Astronomia/Historia_da_Astronomia.pdf>. Acesso em: 20 nov. 2018.
Em seguida, realizar uma discussão coletiva em que os grupos expõem suas pesquisas e ideias. Cabe ao docente dirigir a discussão de modo reflexivo e que demonstre aos alunos que existem muitas informações "escondidas" em uma observação astronômica. É fundamental apresentar exemplos pontuais de situações em que a observação do céu é utilizada.
Para trabalhar dúvidas
Caso algum grupo tenha dificuldades na etapa inicial da aula 2, pode-se sugerir a eles que imaginem uma civilização tecnologicamente "limitada" (quando comparada com os dias atuais). Pode-se utilizar perguntas norteadoras como: "quais as necessidades básicas destas civilizações? Como observar o céu poderia ajudar a satisfazer tais necessidades?". Além disso, os vídeos e textos sugeridos podem ser explorados para auxiliar no entendimento dos conteúdos.
Avaliação
A avaliação faz parte de todo o processo; devem ser considerados a participação, a interação com a turma, o respeito aos colegas, os argumentos, a postura do aluno em contribuir para o trabalho em grupo e para as discussões em sala de aula. Complementarmente, pode-se utilizar questões como as sugeridas abaixo:
1. O que é ciclo estelar?
Resposta: É o conjunto de mudanças que uma estrela sofre durante seu tempo de vida, desde seu surgimento (nascimento) até sua desintegração (morte).
2. As informações relacionadas à observação dos astros podem auxiliar em quais atividades humanas?
Resposta: Essas informações podem ser usadas na agricultura, caça e localização espacial/temporal.
Ampliação
Para ampliar o tema, pode-se realizar uma "noite astronômica" na escola. Seria um evento em que os alunos se reúnem à noite e dormem na escola. O evento teria 3 atividades principais: observação de constelações (incluindo a determinação do ponto cardeal sul a partir do Cruzeiro do Sul), jantar e exibição de um filme com a temática espacial. Sempre solicitar a autorização dos pais ou responsáveis para esse tipo de atividade.
Para as atividades de observação, pode-se utilizar sites de busca na internet para encontrar algum aplicativo para facilitar a localização das constelações.
Caso haja a possibilidade, pode-se utilizar lunetas e outros aparelhos de observação celeste.
Fonte: PNLD
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